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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia será “o maior do mundo” e revelou que a expectativa é assiná-lo em 20 de dezembro de 2025. A declaração foi dada após sua participação na cúpula do G20, na África do Sul.
Segundo Lula, o acerto entre os dois blocos pode criar uma das maiores áreas de livre-comércio do planeta, envolvendo cerca de 722 milhões de pessoas e movimentando mais de US$ 22 trilhões em PIB — motivo pelo qual chamou o acordo de “o maior do mundo”.
Por que esse acordo é tão importante?
As negociações começaram há mais de 20 anos, e o texto-base foi concluído em 2019. No entanto, a assinatura definitiva nunca aconteceu devido a impasses envolvendo:
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questões ambientais e climáticas, especialmente com a pressão de países europeus;
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liberação de mercado para produtos agrícolas e industriais;
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regras de origem e exigências regulatórias.
Lula tenta destravar a negociação durante a presidência brasileira do G20 e usar a assinatura como símbolo de retomada da influência internacional do Brasil.
Onde pode acontecer a assinatura?
O presidente citou duas possibilidades para a solenidade:
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Brasília, capital federal
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Foz do Iguaçu (PR), cidade símbolo da fronteira com países do Mercosul
Lula também afirmou que pretende evitar novas viagens internacionais neste ano — exceto se for necessário deslocamento para a assinatura do acordo.
Caso seja fechado, o que muda na prática?
A assinatura abriria caminho para:
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redução gradual de tarifas sobre a maioria dos produtos;
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maior acesso do Brasil ao mercado europeu;
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ampliação de exportações agrícolas e industriais;
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cooperação regulatória e metas ambientais mais rígidas.
Diplomatas brasileiros afirmam que ainda não é uma vitória garantida, pois parte da União Europeia oferece resistência — sobretudo setores ligados ao agronegócio e ao meio ambiente.
