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A Prefeitura de Santos (SP) assinou contrato para construção da Estação Elevatória com Comportas (EEC) 6, no bairro do Saboó, como parte do maior programa de macrodrenagem da história da cidade. A obra, orçada em R$ 153.333.626,54, será executada pela empresa Terracom Construções e deve começar até o fim deste ano, com prazo contratual de 42 meses, incluindo operação assistida.
A nova estação beneficiará diretamente uma área de 2 km² no Saboó (exceto as ruas próximas e paralelas à Avenida Nossa Senhora de Fátima), sendo equipada com oito conjuntos de bomba vertical a diesel com capacidade de vazão de 20m³ por segundo — volume suficiente para esvaziar uma piscina olímpica em apenas dois minutos.
O projeto será realizado em paralelo com a canalização do Rio Lenheiros, também no Saboó, em parceria com a MRS Logística, que deve investir cerca de R$ 100 milhões, com apoio do Governo Federal. As obras integram o programa Santos Mais, voltado à macrodrenagem, acessibilidade, inovação e sustentabilidade. Parte dos recursos está garantida por financiamento junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), no valor de US$ 105 milhões.
A EEC6 será a quarta estação do projeto com verba assegurada. As demais são: EEC4 (Rádio Clube), EEC9 (Chico de Paula) e EEC2 (Santa Maria/Bom Retiro). Também está prevista a construção da EE0, na entrada da cidade, em terreno estadual ao lado do Supermercado Assaí. Para isso, a Prefeitura firmou termo de cooperação com Ecovias, MRS Logística e Autoridade Portuária de Santos (APS). A unidade terá reservatório e estação com capacidade de bombeamento de 5 m³/s.

Além das já citadas, outras estações estão em fase de planejamento e busca de financiamento estadual, federal e internacional. O funcionamento pleno do sistema exige uma logística integrada, com equipamentos interdependentes que garantam eficiência em períodos de chuva e maré alta.
Desde maio de 2023, está em operação a EEC7 Engenheiro Marcos Diniz, na Avenida Haroldo de Camargo. A estação atende os bairros Castelo e Areia Branca, com capacidade de 4,25 milhões de litros. Suas bombas de alta performance, importadas da Alemanha, garantem vazão de 6 mil litros por segundo, o que permite escoar uma piscina olímpica em cerca de 5 minutos.
De acordo com a Prefeitura, a execução das estações prioriza áreas com menor impacto de moradias irregulares. Já nas regiões mais vulneráveis, será necessária a realocação de famílias para conjuntos habitacionais antes do início das obras. Esse processo está alinhado às políticas de habitação do município, incluindo projetos como o Parque Palafitas, considerado referência em urbanização de comunidades.
“O que estamos fazendo na Zona Noroeste é parte de um amplo projeto de urbanização que engloba habitação digna, infraestrutura urbana, capacitação profissional, geração de emprego e renda”, afirmou o prefeito Rogério Santos. “Tudo com base em planejamento técnico, pensando em transformar a qualidade de vida na região.”
