Ministro da AGU atribui desmantelamento da Previdência à gestão Bolsonaro

Jorge Messias afirma que sucateamento do INSS e da Dataprev foi deliberado e afetou os mais vulneráveis

Reprodução/Agência Brasil

O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, afirmou que o desmantelamento da rede de proteção social promovido durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro afetou gravemente o funcionamento do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Dataprev, responsável pelo processamento de dados previdenciários. Segundo Messias, o processo não foi resultado de negligência, mas sim de um projeto deliberado de enfraquecimento da estrutura estatal.

“Não foi acidente nem descuido. Foi projeto”, declarou o ministro por meio de suas redes sociais. Segundo ele, o sucateamento do sistema previdenciário atingiu diretamente a população mais pobre, que ficou sem acesso eficiente a benefícios, enfrentando longas filas, atrasos e atendimento precarizado. Messias classificou a situação como parte de uma lógica que visava deslegitimar o papel do Estado na garantia de direitos sociais.

O titular da AGU destacou que o atual governo tem buscado reconstruir a capacidade operacional do INSS, com investimentos em tecnologia, contratação de servidores e melhoria no atendimento ao público. A meta, segundo ele, é resgatar a dignidade dos usuários da Previdência Social e reverter os danos causados.

Além das críticas à gestão anterior, Jorge Messias também comentou a atuação da AGU no combate a fraudes dentro do sistema previdenciário. Nesta semana, a instituição entrou com ações judiciais pedindo o bloqueio de bens de 12 associações e sindicatos, além de 14 empresas e pessoas físicas, acusadas de participação em um esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões. De acordo com as investigações, valores foram desviados por meio de autorizações falsas ou induzidas, e parte dos recursos teria sido repassada a agentes públicos.

Estima-se que os prejuízos causados pelo esquema ultrapassem R$ 23,8 milhões. A iniciativa da AGU integra uma ofensiva jurídica em conjunto com o Ministério da Previdência Social e os órgãos de controle, como a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal.

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