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A Secretaria de Educação de Santos (Seduc), em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), lançou nesta quarta-feira (17) dois livros voltados à educação pública no Parque Tecnológico de Santos. O evento contou com a presença de aproximadamente 80 pessoas, incluindo orientadores educacionais, equipes gestoras, supervisores de ensino, docentes universitários e técnicos da educação.
As obras apresentadas foram: “Universidade e Escola na Promoção da Educação em Direitos Humanos – Diálogos com as/os Orientadoras/es Educacionais” e “Educação para as Relações Étnico-Raciais: Quilombagem e Escola – da Memória à História Pública”.
Direitos Humanos na Educação
O livro “Universidade e Escola na Promoção da Educação em Direitos Humanos” foi organizado por Jaqueline Kalmus, Andrea Perosa Saigh Jurdi e Joana Patricia dos Santos Costal. Ele é resultado de um projeto iniciado em 2022, após o retorno das aulas presenciais após a pandemia. O projeto surgiu com o objetivo de enfrentar as dificuldades vivenciadas pelas escolas naquele momento e destacou a importância das orientadoras educacionais como figuras-chave na articulação entre escola, famílias e rede intersetorial.
O projeto inicialmente envolveu orientadoras no Centro de Santos, mas foi expandido para as áreas dos Morros e Área Continental, abrangendo 24 escolas municipais. Ao longo do processo, foram realizadas oficinas teórico-práticas e encontros em rede, com temas como cotidiano escolar, saúde mental, educação inclusiva, gestão democrática e sistema de garantia de direitos.
Educação Antirracista e Relações Étnico-Raciais
O segundo livro, “Educação para as Relações Étnico-Raciais: Quilombagem e Escola – da Memória à História Pública”, reúne as experiências do projeto Quilombagem, que começou em 2023 em parceria entre a Unifesp, a Seduc e o movimento social negro. O foco é a educação antirracista, com ênfase no resgate da memória e história de lideranças negras, transformadas em práticas pedagógicas nas escolas municipais de Santos.
Francisca Rodrigues Pini, professora de Serviço Social da Unifesp e coordenadora do projeto, explicou que o livro registra avanços teórico-metodológicos e experiências pedagógicas valiosas. “Essas experiências ajudam a contar uma história que a história oficial não conta, valorizando biografias, memórias e a atuação do movimento social negro”, afirmou Francisca.
A publicação inclui textos de docentes universitários, estudantes extensionistas, professores da rede municipal, representantes de movimentos sociais e escolas. Atualmente, o projeto Quilombagem está presente em 19 unidades escolares e tem perspectiva de expansão.
Os dois livros serão distribuídos ainda neste ano às bibliotecas das escolas municipais de Santos e servirão como material de apoio ao planejamento pedagógico. A iniciativa busca promover a formação contínua de educadores e fortalecer práticas educacionais inclusivas e antirracistas nas escolas públicas da cidade.
