Ex-presidente foi condenado a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro em esquema envolvendo a BR Distribuidora
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou nesta quinta-feira (24) a prisão imediata do ex-presidente e ex-senador Fernando Collor de Mello. A medida ocorre após a condenação definitiva de Collor a 8 anos e 10 meses de reclusão em regime fechado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um esquema de propinas na BR Distribuidora.
A decisão de Moraes será submetida a referendo do plenário virtual do STF nesta sexta-feira (25), das 11h às 23h59. No entanto, o cumprimento da pena deve ocorrer de forma imediata, independentemente da deliberação do colegiado.
Esquema de corrupção
De acordo com o processo, Collor recebeu cerca de R$ 20 milhões em propinas entre 2010 e 2014 para facilitar contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia. A atuação do ex-presidente envolveu a indicação e manutenção de diretores na estatal, em troca de vantagens indevidas. Os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos também foram condenados por participação no esquema.
Recursos rejeitados
A defesa de Collor apresentou diversos recursos ao STF, alegando, entre outros pontos, que a condenação se baseou apenas em delações premiadas e que parte dos crimes estaria prescrita. No entanto, todos os recursos foram rejeitados pela Corte, que manteve a pena imposta ao ex-presidente.
