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Um vídeo feito por agentes da monitoração eletrônica da Polícia Federal revela o momento em que Jair Bolsonaro (PL) admite ter usado um ferro de solda para queimar o case da tornozeleira eletrônica que estava obrigado a usar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). A confissão ocorreu dentro da casa do ex-presidente, logo após o sistema identificar possível violação do equipamento.
O diálogo foi registrado no relatório oficial enviado ao ministro Alexandre de Moraes e passou a integrar os elementos usados para fundamentar a ordem de prisão preventiva, cumprida na manhã deste sábado (22/11), quando Bolsonaro foi retirado de sua residência e levado à PF.
📌 Linha do tempo: como tudo aconteceu
⚠️ 00h07 – Alerta de violação
Na madrugada de sábado (22/11), às 00h07, o sistema do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica detectou o alerta de possível violação na tornozeleira de Bolsonaro.
🚔Equipe é acionada
A escolta responsável foi mobilizada imediatamente e a diretora-adjunta do órgão, Rita de Cássia, se deslocou pessoalmente à residência do ex-presidente para checar o equipamento.
🏠 Verificação na casa de Bolsonaro
Ao chegar, Rita constatou que a tornozeleira apresentava marcas de queimadura por toda a circunferência, especialmente no ponto de fechamento do case. A diretora então questiona:
“O senhor utilizou alguma coisa para queimar isso aqui?”
Bolsonaro responde:
“Metei um ferro quente aí. Curiosidade.”
Quando questionado sobre qual ferro, ele completa:
“Foi ferro de soldar… Não rompi a pulseira, não.”
📄 Relatório enviado ao STF
A constatação de danos intencionais foi inserida no relatório oficial e encaminhada ao STF, como registro de descumprimento de medida cautelar — já que a tornozeleira fazia parte das obrigações impostas ao ex-presidente.
🚓 Prisão preventiva
Na sequência, Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva, e a Polícia Federal cumpriu a ordem na manhã de sábado (22/11). Bolsonaro foi retirado de casa e levado para custódia policial.
💡 Qual a implicação jurídica disso?
Ao admitir que queimou o equipamento com um ferro de solda, Bolsonaro descumpriu uma medida cautelar, o que configurou violação do dispositivo de monitoração eletrônica.
Esse fato — somado a outros elementos já em análise pelo STF — reforçou a fundamentação da prisão preventiva, com transferência imediata para custódia da Polícia Federal.
