O Ministério Público de São Paulo denunciou oito homens pela execução do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes, assassinado a tiros no dia 15 de setembro de 2025, em Praia Grande, no litoral paulista. A denúncia abrange ainda duas tentativas de homicídio, porte ilegal de arma de uso restrito, favorecimento pessoal e envolvimento com organização criminosa armada.

Entre os denunciados estão Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza, Luiz Antonio Rodrigues de Miranda, Dahesly Oliveira Pires, Willian Silva Marques, Paulo Henrique Caetano de Sales, Cristiano Alves da Silva e Marcos Augusto Rodrigues Cardoso.

De acordo com a Polícia Civil, o crime foi ordenado por lideranças do Primeiro Comando da Capital (PCC), em represália à atuação de Fontes no combate à facção. O delegado comandou a corporação entre 2019 e 2022 e dedicou mais de quatro décadas à polícia. Ele foi emboscado após sair da sede da Prefeitura de Praia Grande. Os criminosos dispararam dezenas de tiros de fuzil contra o carro da vítima e, em seguida, incendiaram um dos veículos usados na fuga.

As investigações apontam que o planejamento do crime começou em março de 2025. O grupo furtou veículos, adquiriu armamento pesado e definiu imóveis para suporte logístico. A elucidação do caso contou com análise de câmeras de segurança, rastreamento de linhas telefônicas, extração de dados de celulares e nuvens, além da coleta de impressões digitais em veículos e locais ligados aos acusados.

Essas provas foram fundamentais para reconstruir a dinâmica do crime e relacionar os denunciados à execução do ex-delegado. O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) seguirá acompanhando o caso. Paralelamente, a Polícia Civil continua as diligências para denunciar outros suspeitos já identificados e localizar novos envolvidos.