Ações simultâneas miram lideranças criminosas envolvidas com tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em cidades do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba

Três grandes operações coordenadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), regional de Uberaba, foram deflagradas na manhã desta segunda-feira (10). Batizadas de “Fora de Sintonia – Fase 3”, “Submundo – Fase 2” e “Narcocárcere”, as ações cumprem 14 mandados de prisão preventiva e 9 de busca e apreensão, com apoio da Polícia Militar, Polícia Penal e do Grupo de Operações com Cães.

As investigações visam desarticular núcleos ligados ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e à coordenação de crimes a partir de dentro de unidades prisionais. Somadas, as operações resultaram no bloqueio de mais de R$ 4 milhões em contas bancárias e bens dos investigados.

Operação Fora de Sintonia – fase 3

Esta etapa tem como foco interromper a comunicação entre líderes criminosos e seus comparsas fora dos presídios. As apurações começaram em 2023 e já haviam resultado em duas fases anteriores. Nesta terceira, foram expedidos 10 mandados de prisão e 4 de busca e apreensão nas cidades de Uberaba e Perdizes, além do bloqueio de cerca de R$ 1 milhão. O grupo atuava principalmente na coordenação de tráfico de drogas e associação criminosa.

Operação Submundo – fase 2

Com origem em 2024, a operação tem como alvo uma organização de atuação transnacional, ligada a homicídios e tráfico de drogas. Um dos presos é um colombiano, apontado como articulador financeiro do grupo. Outro alvo cumpre pena na penitenciária de Francisco Sá. Nesta fase, o Gaeco cumpriu dois mandados de prisão, um de busca e apreensão e determinou o bloqueio de mais de R$ 3 milhões em contas bancárias suspeitas de lavagem de dinheiro.

Operação Narcocárcere

A partir da apreensão de um celular dentro da penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira, em Uberaba, os investigadores descobriram um esquema de tráfico e lavagem de dinheiro comandado de dentro da unidade. Foram cumpridos dois mandados de prisão, contra um preso e sua companheira, moradora de Araxá, além de quatro mandados de busca e apreensão. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 300 mil ligados aos investigados.

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As ações reforçam a integração entre Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Penal no enfrentamento ao crime organizado, especialmente em delitos comandados a partir do sistema prisional.