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Município de Rio Bonito do Iguaçu é o principal foco da medida; investimento inicial é de R$ 50 milhões

O Governo do Paraná sancionou, neste domingo (9), a lei que autoriza o pagamento direto de auxílio financeiro às famílias atingidas pelo tornado que devastou o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado. O investimento inicial previsto é de R$ 50 milhões, com repasses que podem chegar a R$ 50 mil por família.

A nova legislação altera o funcionamento do Fundo Estadual para Calamidades Públicas (Fecap), permitindo que os recursos sejam transferidos diretamente aos cidadãos afetados, sem a necessidade de intermediação pelos municípios. O objetivo é acelerar a chegada do socorro às famílias que perderam tudo na tragédia.

O projeto foi aprovado em regime de urgência pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em duas sessões extraordinárias, e sancionado pelo governador Ratinho Júnior poucas horas depois. Segundo o governo estadual, o decreto que regulamentará o pagamento do benefício deve ser publicado ainda nesta semana.

O tornado, que atingiu a cidade na sexta-feira (7), deixou seis mortos e destruiu cerca de 90% das estruturas urbanas. Casas, escolas, postos de saúde e comércios foram completamente destruídos. A Defesa Civil estima que centenas de famílias precisem de abrigo e assistência imediata. Diante da situação, o governo decretou estado de calamidade pública em Rio Bonito do Iguaçu.

Desde o fim de semana, uma força-tarefa com mais de 30 máquinas — entre caminhões, escavadeiras e tratores — atua na limpeza de entulhos e desobstrução de vias. Engenheiros da Cohapar e do Crea-PR estão realizando o mapeamento dos danos para definir quais residências serão reconstruídas e quais precisarão ser demolidas.

Além do auxílio emergencial, o governo estadual anunciou medidas complementares, como a recuperação de prédios públicos danificados — entre eles, a sede da APAE e escolas municipais —, e a locação de abrigos temporários para as famílias desabrigadas. O plano prevê ainda a reconstrução gradual de moradias e infraestrutura básica nos próximos meses.

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Mauro Moraes, afirmou que o repasse direto é “um avanço importante na política de resposta a desastres”.

“A burocracia, em momentos como esse, é inimiga da urgência. O Estado precisa agir com rapidez para devolver dignidade às pessoas que perderam tudo”, disse o secretário.

A proposta é que o modelo de auxílio sirva de referência para futuras situações de calamidade, em qualquer região do Paraná. O governo também avalia parcerias com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e com a Fomento Paraná para auxiliar comerciantes e produtores rurais que tiveram prejuízos.

Enquanto as equipes estaduais trabalham na reconstrução, a solidariedade mobiliza cidades vizinhas, que têm arrecadado doações de roupas, alimentos e materiais de limpeza.
Em Rio Bonito do Iguaçu, as histórias de superação começam a surgir entre os escombros, mas o sentimento é unânime: a reconstrução será longa.

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