O Governo do Rio de Janeiro, por meio da Polícia Civil, divulgou nesta segunda-feira (3) a identificação de 115 pessoas mortas durante a megaoperação policial realizada na última terça-feira (28) nos complexos da Penha e do Alemão. A ação também resultou na morte de quatro policiais.

Segundo análise da 42ª Vara Criminal, responsável por autorizar a operação, nenhum dos 115 nomes divulgados consta entre os 58 réus que tiveram a prisão preventiva decretada na decisão judicial que embasou a ação. O objetivo da operação era prender lideranças do Comando Vermelho (CV), como Edgar Alves de Andrade, conhecido como “Doca”, que permanece foragido.

Das 115 vítimas identificadas, 97 tinham alguma passagem criminal — a maioria por tráfico de drogas — e 59 possuíam mandados de prisão em aberto, de acordo com a Secretaria de Segurança. O governo afirma ainda que mais de 95% dos mortos tinham vínculos com o Comando Vermelho, sendo que, em alguns casos, essa ligação foi estabelecida por meio de publicações em redes sociais, na ausência de antecedentes criminais.

A decisão judicial previa a prisão de membros da alta cúpula da facção criminosa, entre eles “Doca” e Pedro Paulo Guedes, o “Pedro Bala”, além de outros operadores do tráfico. Contudo, os alvos prioritários da operação não estão entre os mortos divulgados.

O secretário da Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que a investigação continua e que todos os resultados estão sendo devidamente documentados para assegurar a legalidade e a transparência da operação.