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Os Estados Unidos bombardearam mais uma embarcação no Mar do Caribe, acusada de ligação com o tráfico de drogas, segundo informou o secretário de Guerra, Pete Hegseth, na madrugada deste domingo (2). Três pessoas que estavam a bordo do barco morreram na ação militar.
Esse foi o 16º ataque realizado pelos EUA em pouco mais de um mês, sendo nove no Caribe e sete no Oceano Pacífico. De acordo com dados do governo americano, ao menos 64 pessoas morreram nessas operações. As ações fazem parte de uma ofensiva do governo do presidente Donald Trump contra cartéis de drogas latino-americanos.
Nesta sexta-feira (31), a Organização das Nações Unidas (ONU) se pronunciou pela primeira vez sobre a série de ataques. O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, classificou as ações como “execuções extrajudiciais” e exigiu o fim imediato das ofensivas. “Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem pôr fim a tais ataques e tomar todas as medidas necessárias para evitar as execuções extrajudiciais de pessoas a bordo dessas embarcações, independentemente de qualquer suposta atividade criminosa”, declarou em nota oficial.
A operação militar dos EUA teve início em setembro e ocorre principalmente nas proximidades da Venezuela e da Colômbia. Embora o argumento oficial do governo norte-americano seja impedir a entrada de drogas nos Estados Unidos, parte da imprensa americana especula que a real intenção seria desestabilizar o regime do presidente venezuelano Nicolás Maduro.
