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A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou armamentos de uso exclusivo das Forças Armadas de países da América do Sul entre os 91 fuzis...
Créditos: Mauro Pimentel/AFP
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O governo do Paraguai anunciou nesta quinta-feira (30) que irá declarar as facções brasileiras Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) como organizações terroristas. A decisão será formalizada por decreto nas próximas horas, segundo informou o ministro do Comando de Defesa Nacional, Cíbar Benítez. Como parte da resposta, o país também ativou alerta máximo em toda a faixa de fronteira com o Brasil, com reforço de tropas e unidades de segurança.

“Há razões de sobra para fazer essa declaração, que tem seu peso e contrapeso”, afirmou Benítez em coletiva de imprensa. A elevação do nível de alerta tem foco especial na região leste do país, onde o fluxo entre Brasil e Paraguai é intenso. O ministro adiantou que o aumento do controle será feito com reforço de efetivo, equipamentos e estrutura de inteligência.

A medida ocorre após a megaoperação realizada nesta semana no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, que resultou em mais de 120 mortos, segundo a Defensoria Pública do estado. O caso ganhou repercussão internacional e motivou reações de autoridades de países vizinhos.

Argentina já havia tomado decisão semelhante

O Paraguai segue o exemplo da Argentina, que declarou oficialmente o PCC e o Comando Vermelho como “organizações narcoterroristas”. O anúncio foi feito na última terça-feira (28) pela ministra da Segurança argentina, Patricia Bullrich. Segundo ela, os grupos foram incluídos no Repet — Registro de Pessoas e Entidades Vinculadas a Atos de Terrorismo.

“A Argentina declarou essas duas organizações como narcoterroristas”, afirmou Bullrich, em entrevista ao canal La Nación +. De acordo com a ministra, ao menos 39 brasileiros estão presos em território argentino, sendo cinco ligados ao CV e outros sete ou oito ao PCC.

A movimentação dos países da região tem como objetivo endurecer o combate ao avanço transnacional das facções criminosas brasileiras e ampliar o intercâmbio de informações de inteligência e ações de controle fronteiriço.

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