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Quatro policiais — dois civis e dois militares — foram mortos nesta terça-feira (28) durante a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Os agentes perderam a vida em confrontos com criminosos do Comando Vermelho (CV) durante o avanço das forças de segurança pelas comunidades.
Os policiais civis mortos são Marcus Vinícius Cardoso de Carvalho, de 51 anos, conhecido como “Máskara”, comissário da 53ª DP (Mesquita), e Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, inspetor da 39ª DP (Pavuna). Entre os militares, perderam a vida os 3º sargentos do Bope Cleiton Serafim Gonçalves, de 42 anos, e Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes foram alvejados durante a chegada ao Complexo da Penha, quando traficantes reagiram com barricadas em chamas e disparos. Máskara e Cabral chegaram a ser socorridos e levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram. O mesmo destino tiveram os sargentos do Bope, baleados na Vila Cruzeiro durante confrontos na mesma operação.
O delegado-adjunto da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), Bernardo Leal, também foi baleado e passou por cirurgia. Seu estado de saúde é considerado grave.
Nesta quarta-feira (29), os corpos dos policiais começaram a ser velados com homenagens de colegas, amigos e familiares. O comissário Marcus Vinícius Cardoso, promovido recentemente, será sepultado às 13h30 no Cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador. Já o inspetor Rodrigo Cabral, que havia ingressado na corporação há menos de dois meses, será enterrado às 16h no Cemitério Memorial do Rio, em Cordovil. Em uma publicação nas redes sociais, a esposa de Cabral lamentou: “Você era um herói em sua profissão e um gigante em nossa vida.”
Cleiton Serafim, que ingressou na Polícia Militar em 2008, deixa esposa e uma filha. Já Heber Fonseca, policial desde 2011, deixa esposa, dois filhos e um enteado. Ambos foram homenageados com notas de pesar pela Secretaria de Polícia Militar e pelo Bope, que destacaram o compromisso, a coragem e a lealdade dos agentes.
O governador Cláudio Castro (PL) anunciou que os quatro policiais serão promovidos postumamente como forma de reconhecimento à atuação em serviço.
