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Interferência no Sistema Interligado Nacional provocou interrupções de energia entre meia-noite e uma hora da manhã desta terça-feira (14). Governo e agências afirmam que a situação está normalizada.

Uma interferência no Sistema Interligado Nacional (SIN) provocou um apagão de grandes proporções na madrugada desta terça-feira (14), deixando milhões de brasileiros sem energia elétrica em pelo menos sete estados. As interrupções, embora breves na maioria dos casos, levantaram questionamentos sobre a estabilidade do sistema elétrico e o que o consumidor deve fazer diante de situações como essa.

Onde ocorreu o apagão

De acordo com informações das distribuidoras e veículos de imprensa, a falha atingiu São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Amazonas, Minas Gerais e Santa Catarina.
Em São Paulo, a Enel informou que cerca de 937 mil clientes chegaram a ser afetados, com restabelecimento em menos de 10 minutos.
No Rio de Janeiro, a Light registrou 450 mil consumidores sem energia nas regiões da Zona Norte, Baixada Fluminense e Zona Oeste, com o fornecimento normalizado em cerca de 30 minutos.
Já no Amazonas, as cidades de Manaus, Parintins e Itacoatiara ficaram no escuro por aproximadamente uma hora, segundo a Amazonas Energia.

Outros estados do Nordeste e do Sul também relataram quedas momentâneas, mas sem impacto prolongado.

Quanto tempo durou o apagão

A duração do blecaute variou conforme a localidade.
Os registros indicam que nenhum estado ficou sem energia por mais de uma hora e que o sistema foi restabelecido progressivamente ainda durante a madrugada.
O Operador Nacional do Sistema (ONS) confirmou que as equipes técnicas trabalharam para estabilizar o fluxo de energia após a ativação automática de mecanismos de proteção, conhecidos como Esquema Regional de Alívio de Carga — uma medida que interrompe temporariamente o fornecimento para evitar sobrecarga e colapso da rede.

O que causou o apagão

As empresas distribuidoras e o Ministério de Minas e Energia (MME) apontaram que o problema foi gerado por uma interferência no SIN, rede que conecta e equilibra a geração e transmissão de energia elétrica no país.
O ONS informou que a origem da falha ainda está em investigação, mas que não há indícios de sabotagem ou ataque cibernético.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também acompanha o caso e deve receber um relatório técnico detalhado nos próximos dias.

Em nota, o MME afirmou que o evento não representa risco sistêmico e que o Brasil mantém reserva de capacidade e infraestrutura robusta para absorver falhas pontuais.

E se você teve prejuízo com o apagão?

Consumidores que tiveram eletrodomésticos danificados, pane elétrica ou perda de produtos perecíveis podem solicitar ressarcimento diretamente à distribuidora de energia.
A Aneel estabelece que o pedido deve ser feito em até 90 dias após o evento, com a apresentação de nota fiscal, laudo técnico ou orçamento do equipamento.
A concessionária tem até 10 dias úteis para vistoriar o aparelho e 20 dias para indenizar ou substituir o item danificado.
Se o pedido for negado sem justificativa plausível, o consumidor pode recorrer ao Procon ou à própria Aneel.

Como agir durante um novo apagão

Especialistas recomendam algumas ações simples para evitar maiores prejuízos:

  • Desligar eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos da tomada.

  • Evitar abrir a geladeira e o freezer para conservar os alimentos.

  • Manter lanternas e pilhas acessíveis.

  • Usar celular e bateria portátil com economia.

  • Em caso de risco, acionar o Corpo de Bombeiros (193) ou a Defesa Civil local.

Evite ligar para a distribuidora em massa logo no início do apagão — o ideal é aguardar alguns minutos para verificar se o serviço já está sendo restabelecido.

Há risco de novos apagões?

O governo federal e o Operador Nacional do Sistema (ONS) afirmam que não há risco iminente de novos blecautes, mas reconhecem que o sistema elétrico brasileiro enfrenta desafios crescentes.
O aumento do uso de energia solar e eólica, somado à demanda urbana em crescimento, tem pressionado a infraestrutura de transmissão.
A Aneel e o MME já anunciaram reuniões técnicas e planos de investimento para reforçar as linhas de transmissão e modernizar os mecanismos de proteção da rede.

Segundo o MME, “a confiabilidade do sistema permanece alta, e o episódio desta terça-feira será tratado como um evento isolado com acompanhamento técnico detalhado”.

Situação normalizada

Até a manhã desta terça-feira (14), todas as regiões afetadas já estavam com o fornecimento normalizado, conforme informaram as distribuidoras.
O relatório final do ONS deve ser divulgado nos próximos dias, trazendo detalhes sobre a origem da interferência, áreas atingidas e volume de carga desconectada.

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