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O subsecretário de Gestão e Tecnologia da Prefeitura de Praia Grande, Sandro Pardini, investigado no caso da execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, pediu exoneração do cargo. A solicitação ocorre após ele ter sido alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Civil em operação realizada no dia 29 de setembro.
Na ocasião, os agentes recolheram em seu apartamento, no bairro Embaré, em Santos, uma grande quantidade de dinheiro em espécie, incluindo R$ 50 mil, US$ 10,3 mil e € 1,1 mil, além de três pistolas, 19 cartões bancários, registros de armas, computadores, notebooks, pen drives e um celular.
Segundo a investigação, os mandados tinham como objetivo levantar evidências relacionadas a contratos da Prefeitura de Praia Grande, onde Fontes atuava como secretário de Administração antes de ser morto.
A defesa de Pardini confirmou o pedido de exoneração, informando que a decisão foi tomada para que ele possa concentrar seus esforços na elucidação do caso e dedicar-se à família. Os advogados afirmam que o ex-subsecretário não possui qualquer ligação com o assassinato do ex-delegado e que está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
Além de Pardini, outros quatro funcionários públicos da Prefeitura de Praia Grande foram alvo da operação: um agente de fiscalização da Secretaria de Urbanismo, um servidor da Secretaria de Administração, um engenheiro e uma diretora de departamento da Secretaria de Planejamento. Os salários brutos dos investigados variam de pouco mais de R$ 3,1 mil a R$ 21,5 mil, segundo o Portal da Transparência do município.
Caso Ruy Ferraz Fontes
O ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes foi assassinado em 15 de setembro, após cumprir expediente como secretário de Administração de Praia Grande. Quatro suspeitos já foram presos: Dahesly Oliveira Pires, Luiz Henrique Santos Batista (Fofão), Rafael Marcell Dias Simões (Jaguar) e Willian Silva Marques.
Outro investigado, Umberto Alberto Gomes, apontado como possível atirador, morreu em confronto com a Polícia Civil no Paraná. Três suspeitos seguem foragidos: Felipe Avelino da Silva, Flávio Henrique Ferreira de Souza e Luiz Antonio Rodrigues de Miranda.
O inquérito segue em andamento e novas diligências estão previstas para esclarecer o crime, que abalou o meio policial e político da região.