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Lula faz autocrítica em encontro em NY e questiona avanço da extrema direita
Foto: Ricardo Stuckert / PR
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira (24), em Nova York, de um encontro internacional organizado por lideranças de países governados pela esquerda para debater o fortalecimento da democracia e o avanço da extrema direita no mundo. O evento ocorreu em paralelo à 80ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e reuniu os presidentes Gabriel Boric (Chile), Pedro Sánchez (Espanha), Gustavo Petro (Colômbia) e Yamandú Orsi (Uruguai), além de representantes de outras nações e da União Europeia.

No discurso, Lula fez uma autocrítica sobre a atuação dos governos progressistas e questionou os motivos que permitiram a ascensão da extrema direita em diversos países. Para o presidente, é necessário avaliar em que momento os partidos e lideranças democráticas deixaram de atender às demandas populares e passaram a priorizar interesses do mercado e da imprensa, o que teria enfraquecido o vínculo com sua base social.

O petista destacou que a democracia só se fortalece quando é exercida em diálogo com a sociedade civil e apontou que parte do fracasso democrático estaria no distanciamento dos eleitores que apoiaram os governos progressistas, mas que não se sentiram contemplados pelas políticas implementadas.

A reunião, em sua segunda edição, não contou com a presença dos Estados Unidos. Diferentemente de 2024, quando a gestão de Joe Biden havia sido convidada, neste ano os organizadores não cogitaram a participação do governo Trump, e tampouco houve manifestação de interesse por parte da administração norte-americana.

Durante a abertura, Gabriel Boric defendeu maior articulação internacional contra o extremismo e ressaltou a necessidade de respostas conjuntas para preservar valores democráticos.

Paralelamente, na Assembleia Geral da ONU, o presidente norte-americano Donald Trump afirmou ter conversado rapidamente com Lula e disse que está prevista uma reunião entre ambos na próxima semana, ainda sem definição sobre o formato, que pode ser por telefone ou videoconferência. Apesar do tom cordial do líder norte-americano, a diplomacia brasileira tem tratado a possibilidade com cautela, buscando evitar constrangimentos como os ocorridos em encontros anteriores de Trump com chefes de Estado.

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