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O governo dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira, que desde o ano 2000 o número de casos de autismo aumentou quase 400%, afetando 1 em cada 31 crianças americanas, e sugeriu que o risco da condição poderia estar relacionado ao uso de paracetamol (Tylenol) durante a gravidez.
No entanto, especialistas da área alertam que a ligação entre o uso de acetaminofeno (nome científico do paracetamol) na gestação e o autismo ainda não está comprovada. Em pronunciamento, a fabricante do medicamento declarou que “não há evidências claras de que o acetaminofeno cause autismo”.
Alguns estudos apontam uma possível associação entre o consumo do analgésico por gestantes e o aumento nos casos de autismo. Porém, essas pesquisas não demonstram relação de causa e efeito.
Diante da polêmica, a FDA — agência reguladora de medicamentos dos EUA — informou que pretende intensificar as pesquisas sobre o tema e revisar as evidências científicas disponíveis.
A Associação Americana de Obstetrícia e Ginecologia reforça que o paracetamol é considerado um dos poucos analgésicos seguros para mulheres grávidas. Já o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) recomenda o medicamento como “primeira escolha” para tratar dor e febre durante a gestação.
O paracetamol, vendido sem prescrição médica e amplamente utilizado em todo o mundo, continua sendo indicado, mas com a recomendação de que gestantes consultem um profissional de saúde antes de utilizá-lo. Segundo a mídia americana, o governo Trump deve orientar o uso do analgésico apenas em casos de febre alta durante a gravidez.