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Claudia-Raia-Rodolfo
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Claudia Raia sempre foi um furacão: fala o que quer, dança do jeito que bem entende e já provou que não tem medo de polêmica. Mas, desta vez, a diva da coxia pisou bonito no salto alto — e não foi em coreografia. No último fim de semana, em São Paulo, durante a peça Cenas da Menopausa, a atriz resolveu dar uma bronca em plena plateia. O alvo? Um homem que ousou assistir à peça com o celular e fones de ouvido. Crime gravíssimo, não é mesmo? Só que não.

O tal “espectador mal-educado” era nada menos que Rodolfo Cadamuro, influenciador com baixa visão que estava usando audiodescrição, recurso fundamental para que pessoas com deficiência visual consigam acompanhar a trama. Ou seja: o homem estava, literalmente, ouvindo a peça que Claudia jurava que ele estava ignorando.

Em tom professoral, a estrela teria soltado algo na linha: “Tira esse fone, presta atenção no espetáculo, querido!” Imagina a cena: a plateia olhando de um lado, Rodolfo constrangido do outro, e Jarbas Homem de Mello (marido de Claudia e colega de palco) tentando explicar a saia-justa. Só faltou o narrador da Sessão da Tarde: “E foi aí que a nossa heroína percebeu que tinha se confundido feio…”

O climão foi tão grande que sobrou para as redes sociais, onde o caso viralizou mais rápido que dancinha de TikTok. Claudia, percebendo que não dava para simplesmente fingir que nada aconteceu, correu para se retratar. Pediu desculpas, disse que não sabia que havia sessão com audiodescrição e ainda convidou Rodolfo e companhia para assistir à peça de novo, “com todo carinho”. Um convite elegante, mas que soou mais como aquele cafezinho oferecido depois de uma bronca no chefe.

Claro que a internet não perdoou. Teve gente dizendo que Claudia precisa de um “manual de acessibilidade para iniciantes”, outros compararam o episódio a mandar alguém tirar os óculos porque “a visão precisa trabalhar”. E, convenhamos, a piada estava pronta: a peça chama Cenas da Menopausa, mas quem teve o calorão foi a atriz.

No fim, fica a lição: acessibilidade não é figurino de musical, não entra e sai do palco quando a produção decide. Se o teatro oferece audiodescrição, a equipe precisa saber. Porque, entre uma fala cortada e outra, quem acabou passando vergonha foi a estrela do espetáculo.

E como toda boa fofoca termina com moral da história, aqui vai a de hoje: antes de chamar a atenção do público, talvez valha dar uma olhada se o “mal-educado” não está só tentando exercer o direito básico de se emocionar com a arte.

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