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O corpo do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 68 anos, assassinado na noite de segunda-feira (15) em Praia Grande, começou a ser velado na manhã desta terça-feira (16) na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na capital. Fontes foi executado a tiros por criminosos armados em uma emboscada, em crime que chocou o estado.
O corpo deixou o Instituto Médico Legal (IML) por volta das 7h30 e chegou à Alesp às 11h10, onde o velório público segue até as 15h. O enterro está marcado para as 16h no Cemitério da Paz, no Morumbi.
O velório reúne familiares, amigos, parlamentares e autoridades. Entre os presentes, estão o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, deputados estaduais e federais, além de integrantes do governo paulista e de colegas da Polícia Civil. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, também deve comparecer ao sepultamento.

Motivações investigadas
A Polícia Civil apura duas linhas principais para o assassinato: vingança pelo histórico de Fontes contra líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) ou reação de criminosos incomodados com sua atuação à frente da Secretaria de Administração de Praia Grande.
O governador Tarcísio de Freitas determinou a criação de uma força-tarefa para identificar e prender os executores. A operação contará com o apoio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado. O delegado Ruy percebeu que estava sendo atacado, tentou escapar da emboscada, mas foi covardemente assassinado”, declarou o governador.
Legado no combate ao crime organizado
Com mais de 40 anos de carreira, Fontes foi uma figura central no enfrentamento ao PCC. Atuou na prisão de Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, e liderou operações estratégicas que enfraqueceram a facção em São Paulo. Seu nome ficou marcado pela firmeza no combate ao crime organizado e pela dedicação à segurança pública.