PF detalha desdobramentos da Operação Lure no Triângulo Mineiro

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Forças integradas destacam modelo de atuação conjunta e revelam métodos usados por traficantes

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (28), na Delegacia da Polícia Federal em Uberlândia/MG, representantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO/MG) apresentaram os detalhes da “Operação Lure”, que visa desmantelar uma rede de distribuição de drogas com atuação regional e interestadual.

A operação, que é um desdobramento da “Operação Anthill”, deflagrada em novembro de 2024, teve como foco principal os distribuidores da droga — etapa seguinte ao núcleo financeiro e logístico já desarticulado na primeira fase. Segundo os investigadores, os criminosos usavam múltiplas estratégias de escoamento, como aplicativos de venda, envio pelos Correios e atuação em pontos físicos, com atuação central no Triângulo Mineiro.

A FICCO/MG mobilizou cerca de 150 policiais das polícias Federal, Civil, Militar e Penal para cumprir 26 mandados de busca e apreensão e nove de prisão preventiva, com oito alvos presos e um ainda foragido. Também houve uma prisão em flagrante por tráfico de drogas.

As diligências ocorreram em sete cidades mineiras: Uberlândia, Tupaciguara, Patos de Minas, Patrocínio, Santa Luzia, Curvelo e Ituiutaba — esta última não só recebeu parte das equipes envolvidas como também foi a comarca responsável pela emissão das ordens judiciais. A cidade tem sido uma das bases relevantes na articulação da investigação, que identificou distribuidores regionais ligados à organização criminosa.

Durante a coletiva, os representantes das forças destacaram a estrutura colaborativa da FICCO como peça-chave para o êxito da operação. “É um modelo pioneiro no Brasil e que já mostrou resultados consistentes no combate ao crime organizado”, afirmou um dos porta-vozes. A unidade de Uberlândia foi a primeira do estado e serviu de base para replicação em outras regiões do país.

A Polícia Civil de Uberlândia empregou cerca de 40 agentes e oito equipes, enquanto a Polícia Militar atuou com unidades especializadas, incluindo cães farejadores. A Polícia Penal também integrou a operação com apoio em inteligência e segurança. Os policiais federais, civis, militares e penais atuaram de forma coordenada, cobrindo todos os pontos da cadeia criminosa — desde os responsáveis pela lavagem de dinheiro até os que atuavam no varejo da droga.

Sobre os investigados, foi informado que a maioria possui antecedentes por crimes como tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Alguns já haviam sido presos na Operação Anthill e voltaram a ser alvos após novas evidências de envolvimento em atividades ilícitas. Parte dos suspeitos já estava recolhida no sistema prisional da região.

As investigações continuam com a análise dos materiais apreendidos. A FICCO reafirmou o compromisso com ações conjuntas para enfrentar o crime organizado de forma qualificada, abrangendo desde os grandes fornecedores até os distribuidores do varejo.

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