Fogo na vegetação às margens da ferrovia VLI preocupa moradores em Uberaba

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Empresa se nega dar informações sobre o plano de contingência para combater as queimadas

O incêndio em vegetação na região de Uberaba aumentou consideravelmente no mês de julho e até agora, agosto tende a acompanhar a tendência de elevação. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, em julho foram registradas 127 ocorrências de incêndio, quase o dobro dos registros de junho, quando o Corpo de Bombeiros atendeu a 69 chamados para debelar o fogo na mata.

Até quarta-feira, o mês de agosto somava 46 ocorrências de incêndio em vegetação. A mais recente foi registrada na terça-feira, 19, à noite, quando a mata às margens da ferrovia controlada pela VLi pegou fogo, próximo ao bairro Costa Teles. As chamas consumiam pastagem seca e plantas de pequeno porte, numa extensão de 15 metros de extensão, avançando de forma lenta, influenciado por ventos predominantes no sentido Leste-Oeste.

O Corpo de Bombeiros atuou no ataque direto às chamas e após quase uma hora de trabalho contínuo, o incêndio foi debelado. Não foram identificados aceiros ou medidas preventivas na área, que apresentava grande acúmulo de material combustível seco.

Moradores das áreas que margeiam a linha férrea reclamam da empresa VLI, responsável por fazer a manutenção da vegetação na extensão da ferrovia. Segundo eles, a empresa não faz a manutenção e o atrito das rodas do trem nos trilhos provoca faíscas que ao atingirem o mato seco dão início a combustão. Nesta época do ano em que os ventos são constantes, o fogo se propaga com rapidez. Além das cinzas, a fumaça torna o ar carregado ocasionando em problemas de saúde para a população.

Em nota divulgada a VLi informou que o incêndio de terça-feira “foi iniciado fora da faixa de domínio da empresa, em Uberaba (MG). O incêndio chegou até a área da empresa e, assim que detectado, a equipe de brigadistas começou a atuar e o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMMB) foi acionado. A situação foi controlada e não há registro de pessoas feridas ou danos estruturais tanto às vias quanto ao material rodante. A VLI esclarece que possui um cronograma de roçada no local e os trabalhos estão em plena execução.” Informa a nota.

Ao ser questionada sobre qual o plano de contingência para conter os riscos de incêndio na vegetação existente as margens da ferrovia, a Assessoria de Comunicação da empresa limitou-se a dizer que “a companhia não fará comentários adicionais”.

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