Trabalhadora doméstica de 51 anos foi surpreendida com cobrança de parcelas de veículo que não comprou; caso é investigado como fraude bancária

Uma moradora de Uberaba, no Triângulo Mineiro, procurou a polícia após descobrir ter sido vítima de um golpe de estelionato que resultou na contratação fraudulenta de um financiamento de veículo em seu nome, no valor de R$ 195.226,19. O caso está sendo investigado como fraude bancária.
Segundo o Boletim de Ocorrência, a mulher de 51 anos relatou que havia realizado recentemente um cadastro com reconhecimento facial para contratar um seguro de motocicleta para o filho. Pouco tempo depois, começou a receber ligações do Banco Itaú com notificações sobre parcelas em atraso.
No dia 22 de julho, orientada pelo próprio banco, ela instalou um aplicativo para tentar regularizar o débito. Foi então que descobriu um financiamento ativo em seu nome, referente à compra de um Hyundai Creta registrado na cidade de São Paulo — veículo que ela nunca adquiriu nem autorizou a compra.
A advogada Laura Rodrigues orienta que, diante de fraudes bancárias, é fundamental acionar três agentes: o banco, a polícia e um advogado de confiança. “O banco deve fornecer o contrato do produto supostamente adquirido ou dar detalhes da compra realizada em nome da vítima. Com essas informações, é importante que seja registrado um Boletim de Ocorrência na polícia. Já o advogado vai coletar os dados e documentos para tomar providências jurídicas, a fim de que essa dívida seja declarada inexistente”, explica.
Ainda segundo ela, o advogado também deve verificar se o nome do consumidor foi incluído em cadastros de inadimplentes, como SPC e Serasa, o que pode gerar direito à indenização por danos morais. Indignada com a situação, a vítima registrou a ocorrência e solicitou a suspensão imediata do contrato junto ao banco. A Polícia Civil agora investiga o caso para identificar os responsáveis pela fraude e tomar as medidas legais cabíveis.