“Não se atrevam” — Maduro reage ao aumento da recompensa dos EUA por sua captura

Durante o programa semanal Con Maduro +, transmitido em 11 de agosto de 2025 pela TV estatal venezuelana, o presidente Nicolás Maduro enviou um recado direto aos Estados Unidos: “Não se atrevam… pode ser o fim do império americano.

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” Ele destacou que, na Venezuela, até cadetes do primeiro ano recebem formação com uma forte visão anti-imperialista.

A declaração foi uma resposta imediata ao anúncio de que o governo norte-americano dobrou a recompensa por informações que levem à sua prisão — de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. O sistema de recompensas dos EUA para Maduro começou com US$ 15 milhões em 2020, e foi reajustado para US$ 25 milhões no início de 2025.

A procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, fez o anúncio em vídeo nas redes sociais, acusando Maduro de ser “um dos maiores narcotraficantes do mundo” e “uma ameaça à nossa segurança nacional”, justificando o aumento da recompensa. O comunicado foi respaldado pelos Departamentos de Justiça e Estado, que também mencionaram apreensões de drogas e ativos vinculados ao regime venezuelano.

Em outras ocasiões, Maduro já apareceu em vídeos ao lado de generais e autoridades militares, reforçando a lealdade das Forças Armadas e sua preparação para resistir a qualquer ataque externo — uma estratégia que reafirmou seu controle interno e a prontidão institucional.

A recompensa foi motivada por acusações de narcoterrorismo e tráfico internacional de cocaína, muitas vezes misturada com fentanil, em colaboração com grupos como o Cartel de los Soles, o Tren de Aragua e o cartel de Sinaloa. Segundo autoridades dos EUA, já foram apreendidas mais de 30 toneladas de drogas e bens avaliados em mais de US$ 700 milhões, incluindo aeronaves e veículos.

Qualquer pessoa — seja um cidadão, agente de segurança dos EUA ou de outros países — pode fornecer informações para receber a recompensa. A DEA mantém canais abertos para denúncias internacionais. No entanto, analistas apontam que a captura de Maduro é improvável dado seu controle sobre as instituições estatais venezuelanas.

O chanceler venezuelano, Yván Gil, classificou o anúncio como “a cortina de fumaça mais ridícula” e “propaganda política grosseira”. Já a presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou que seu país não possui evidências que vinculem Maduro ao cartel de Sinaloa e cobrou que os EUA apresentem provas.

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