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Eduardo Bolsonaro critica Alexandre de Moraes e acusa STF de perseguição política

Deputado licenciado reage à operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro e publica nota assinada dos EUA

Créditos: reprodução / X

A operação deflagrada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18/7) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou reação imediata do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro. De fora do país, ele divulgou uma nota pública na qual critica duramente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o acusa de perseguição política e de minar relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos.

A PF apontou ao STF que Jair Bolsonaro e Eduardo Bolsonaro atuaram nos últimos meses junto a autoridades norte-americanas, com o objetivo de obter sanções contra agentes públicos brasileiros. As ações estariam relacionadas à suposta perseguição sofrida no processo da Ação Penal 2668, no qual o ex-presidente figura como réu.

De acordo com a investigação, pai e filho teriam agido de forma consciente e ilícita para tentar submeter o funcionamento do STF à influência de outro Estado estrangeiro, o que caracterizaria obstrução à Justiça e coação institucional.

Ao avaliar o caso, Alexandre de Moraes considerou haver indícios de que os dois praticaram atos que podem configurar os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

Em sua nota, divulgada em português e em inglês, Eduardo Bolsonaro se identificou como “deputado federal em exílio”. Ele classificou a operação como mais uma ação persecutória e alegou que as acusações contra o pai se baseiam em iniciativas legítimas do governo norte-americano, vinculadas ao contexto de tarifas comerciais impostas por Donald Trump ao Brasil.

Segundo ele, as decisões do ministro representariam um ataque à democracia e colocariam em risco as relações diplomáticas entre os dois países. A nota defende a continuidade do posicionamento político do ex-presidente e afirma que sua voz seguirá sendo representada por milhões de apoiadores.

Confira a carta postada na rede social X:

Confira a carta traduzida:

“Recebi com tristeza, mas sem surpresa, a notícia da invasão da Polícia Federal à casa do meu pai nesta manhã. Há tempos denunciamos as ações do ditador Alexandre de Moraes — hoje, escancaradamente convertido em um gangster de toga, que usa o Supremo como arma pessoal para perseguições políticas. Mais uma vez, ele confirma tudo o que vínhamos alertando.

Não bastasse ordenar censura e medidas de coerção contra o maior líder político do Brasil — alguém que nunca se furtou a cumprir decisões judiciais e sempre participou do processo legal —, a decisão desta vez se apoia num delírio ainda mais grave: acusações construídas com base em ações legítimas do governo dos Estados Unidos, iniciadas logo após o anúncio das tarifas impostas por Donald Trump ao Brasil.

Na prática, Alexandre de Moraes está tentando criminalizar Trump e o próprio governo americano. Como é impotente diante deles, decidiu fazer do meu pai um refém. Com isso, além de atacar a democracia brasileira, ele ainda deteriora irresponsavelmente as relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos — um ato de sabotagem institucional de consequências imprevisíveis.

Alexandre precisa entender que suas ações intimidatórias não têm mais efeito. Não vamos parar. Silenciar meu pai não vai calar o Brasil. Eu e milhões de brasileiros seguiremos falando por ele — cada vez mais firmes, mais conscientes e mais determinados — até que a nossa voz seja ensurdecedora.

Eduardo Bolsonaro
Deputado Federal em Exílio
Filho do Presidente Jair Bolsonaro”

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