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Porto de Galinhas, distrito turístico do município de Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco, esteve no centro da atenção nacional ao longo desta semana por um motivo extremamente negativo. Um episódio de violência envolvendo a agressão a um casal de turistas provocou forte repercussão e levou o poder público a adotar medidas administrativas e policiais.
A Prefeitura de Ipojuca, responsável legal pela administração de Porto de Galinhas, anunciou a suspensão temporária da licença de funcionamento da Barraca da Maura, localizada na faixa de areia do balneário. O anúncio foi feito pelo prefeito Carlos Santana, por meio de vídeo divulgado nos canais oficiais do município.
Segundo a administração municipal, a interdição inicial é de sete dias, período em que será conduzido um processo administrativo para apuração dos fatos e das responsabilidades. A prefeitura informou ainda que a barraca possuía licença regular para funcionamento há anos, mas a gravidade do episódio motivou a adoção de medidas imediatas.
Além da suspensão da licença, todos os funcionários citados na ocorrência foram afastados preventivamente, e a fiscalização na orla foi reforçada para coibir práticas abusivas, como cobrança indevida, exigência de consumo mínimo e intimidação de frequentadores.
Entenda o caso
A confusão teve início após um desentendimento envolvendo o valor cobrado pelo uso de cadeiras e guarda-sol. De acordo com o relato das vítimas, o preço informado inicialmente teria sido alterado no momento do pagamento, o que levou ao questionamento.
A discussão evoluiu rapidamente para agressões físicas. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram o casal sendo cercado e agredido por várias pessoas, até a intervenção de terceiros. As imagens geraram indignação e ampliaram a repercussão do caso em todo o país.
Polícia identifica 14 envolvidos; ninguém foi preso até o momento
No campo criminal, a Polícia Civil de Pernambuco informou que 14 pessoas já foram identificadas como envolvidas nas agressões. Os suspeitos estão sendo localizados e intimados para prestar depoimento, conforme o avanço do inquérito.
Até o momento, não há confirmação de prisões relacionadas diretamente ao caso. As pessoas que já foram ouvidas pelas autoridades prestaram depoimento e foram liberadas, já que a investigação ainda está em fase inicial, com análise de imagens, coleta de provas e confronto de versões.
As autoridades destacam que prisões ou indiciamentos não estão descartados e poderão ocorrer caso surjam novos elementos que justifiquem medidas mais severas.
Investigação apura possível motivação homofóbica
O casal relatou às autoridades a suspeita de que a violência tenha sido agravada por motivação homofóbica. Essa linha de investigação está sendo considerada no inquérito policial.
Caso fique comprovada a motivação discriminatória, o crime poderá ter agravantes legais, o que pode resultar em penalidades mais severas aos responsáveis. O poder público reforçou que qualquer forma de violência ou preconceito será tratada com rigor.
Situação das vítimas
Após as agressões, os turistas precisaram de atendimento médico devido aos ferimentos sofridos. Eles também relataram dificuldades iniciais para registrar a ocorrência e realizar exames, situação que passou a ser acompanhada pelas autoridades.
Posteriormente, o casal informou que deixou Pernambuco para seguir tratamento e se recuperar, permanecendo à disposição da Justiça para colaborar com as investigações.
Governo do estado acompanha o caso
O Governo de Pernambuco acompanha o caso e classificou o episódio como grave. A gestão estadual reforçou que atos de violência não condizem com a vocação turística do estado e afirmou que seguirá dando apoio às investigações e às ações de fiscalização e segurança na região.
O caso segue em apuração nas esferas administrativa e criminal, e novas medidas poderão ser adotadas conforme o avanço das investigações.
