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A Polícia Civil investiga o assassinato de Maria José Felix, de 65 anos, que foi morta com golpes de facão dentro de sua própria casa, na Estrada Guaraú Una, em Peruíbe, no litoral de São Paulo. O crime ocorreu nesta quarta-feira (17), quando Maria tentou impedir uma briga entre seu companheiro, de 29 anos, e um vizinho, de 20 anos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), policiais militares foram acionados para atender à ocorrência. Quando chegaram ao local, encontraram Maria já morta e o companheiro ferido, com golpes de faca. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Regional de Itanhaém.
Investigações apontam envolvimento do companheiro
Inicialmente, o vizinho de 20 anos foi preso em flagrante, após ser identificado como o responsável pelo ataque. No entanto, a polícia desconfiou do companheiro da vítima, que apresentou versões contraditórias sobre a dinâmica do crime. Após novas investigações, os agentes descobriram que ele também havia participado da agressão.
A polícia concluiu que Maria José Felix foi morta quando tentou intervir na briga entre o companheiro e o vizinho. O marido de Maria também foi preso e permaneceu sob escolta policial no hospital. A perícia foi acionada e os objetos relacionados ao crime foram apreendidos. O caso foi registrado na Delegacia de Polícia de Peruíbe como feminicídio e tentativa de homicídio.
Histórico de violência e relatos da família
Maria era proprietária de um camping na cidade. Um familiar da vítima, que preferiu não se identificar, relatou que o companheiro de Maria, conhecido como Jota, era agressivo, fazia uso excessivo de bebidas alcoólicas e a traía. A família acredita que ele é o único responsável pela morte de Maria.
“Ele está tentando confundir a investigação, falando que foi uma tentativa de assalto, que foi um jovem do sítio ao lado que atacou eles. Mas sabemos que foi feminicídio, por questões financeiras e porque ele a estava traindo”, afirmou o familiar.
Segundo o relato, a briga começou quando Jota, o companheiro de Maria, atacou o vizinho com um facão, após o jovem tentar passar pelo camping para acessar a praia. O desentendimento entre o vizinho e a família de Maria já havia ocorrido anteriormente. Maria interveio para proteger o vizinho e acabou sendo atacada. “Ela foi defender o rapaz, salvou a vida dele e acabou pagando com a dela”, lamentou o familiar.
O ataque e a luta pela vida
Ainda segundo o parente de Maria, após ser ferida na briga, Maria tentou correr para dentro da casa, mas foi perseguida pelo companheiro, que a atacou com diversos golpes de facão. “A cozinha está cheia de sangue, tudo ensanguentado, cena de filme de terror”, disse. A mulher, em um ato de defesa, pegou uma faca para tentar se proteger, mas, segundo o familiar, ela não conseguiu resistir devido à força de Jota, que era descrito como sendo muito mais forte fisicamente.
“Ela tentou lutar com ele, machucou ele também, mas ele era muito mais forte, porque é bem alto, bem forte. Ela era baixinha, magrinha”, contou o familiar.
Reação da família e desconfiança sobre o vizinho
O parente de Maria também afirmou que a família não acredita na versão de Jota sobre o crime. “Ele acusou o rapaz de ter feito isso, mas a gente conhece o rapaz e a família dele, são pessoas boas”, afirmou, reforçando que o vizinho de 20 anos não teve participação no assassinato.
Por fim, o familiar relatou que a família já havia alertado Maria sobre o comportamento violento de Jota. “A gente sabia que uma hora ia acontecer alguma desgraça ali, porque ele era bastante violento. Mas ela queria viver com ele, não sei o que se passava na cabeça dela”, concluiu.
