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A greve surpresa que paralisou o transporte público em São Paulo na tarde desta terça-feira (9) chegou ao fim nesta manhã, após uma reunião emergencial convocada pela Prefeitura. O prefeito Ricardo Nunes anunciou, por volta das 8h, que o serviço de ônibus seria retomado e deixou claro que as empresas responsáveis pela paralisação teriam até 12 de dezembro para cumprir o acordo firmado, caso contrário, sofreriam severas penalidades, incluindo a possível retirada do sistema de transporte da cidade.
A greve, que afetou 15 das 32 empresas de transporte público, foi motivada principalmente pelo não pagamento do 13º salário aos trabalhadores, bem como do vale-refeição de férias — benefícios que haviam sido prometidos pelas empresas e que não foram pagos dentro do prazo estipulado.
Prefeito irritado
Logo no início da greve, o prefeito Ricardo Nunes usou as redes sociais para repudiar a paralisação e explicar o motivo de sua irritação. Em seu pronunciamento, Nunes ressaltou que a greve foi injustificada, uma vez que não havia razão para interromper os serviços de transporte de forma tão abrupta. Segundo o prefeito, o que realmente incomodou foi a justificativa das empresas de que o atraso no pagamento do 13º estava relacionado a uma suposta necessidade de revisão no contrato de Revisão Quadrienal — uma revisão de preços e ajustes que deveria ter ocorrido no ano passado.
O prefeito considerou essa justificativa inadequada, afirmando que as empresas não poderiam usar uma falha administrativa para penalizar a população, especialmente no período de festas e com a cidade já enfrentando dificuldades no trânsito e no transporte.
Ameaça de Caducidade e Acordo
Após a reunião entre a Prefeitura, os representantes das empresas de ônibus e o sindicato dos trabalhadores, foi firmado um acordo imediato para o pagamento do 13º salário até o dia 12 de dezembro. Caso contrário, as empresas poderão ser retiradas do sistema de transporte público de São Paulo, por meio de um processo de caducidade. Nunes foi claro em sua coletiva, deixando um recado direto para as empresas: “Se não cumprirem o acordo, as empresas serão retiradas do sistema de transporte público. A população não pode ser prejudicada por falhas internas das empresas.”
