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Na tarde deste sábado (06), um protesto foi realizado em frente à penitenciária onde Hytalo Santos está preso. O protesto, liderado por Kamylinha, foi convocado após a decisão da Justiça de conceder prisão domiciliar ao médico Fernando Cunha Lima, condenado a 22 anos de prisão por abuso sexual contra duas crianças.
O ato teve como principal motivação a indignação dos apoiadores de Hytalo Santos, que questionaram a decisão judicial, considerando-a injusta diante do contexto de crimes cometidos por ambos os envolvidos. A manifestação contou com a presença de pessoas ligadas ao grupo de conteúdo de Hytalo, além de moradores locais, e gerou grande repercussão nas redes sociais, devido à sua natureza polêmica e à presença de danças e músicas durante o evento — elementos que foram marcantes nos primeiros momentos da carreira de Kamylinha.
A motivação do protesto
A soltura do médico Fernando Cunha Lima foi o estopim para a manifestação. Após ser preso em julho de 2025 por abusos contra crianças, o médico de 81 anos foi condenado a 22 anos de prisão. No entanto, em 5 de dezembro de 2025, a Justiça decidiu conceder-lhe prisão domiciliar, com a justificativa de que ele enfrenta problemas de saúde e tem idade avançada. A decisão foi vista como um retrocesso para muitos, que consideraram a liberdade do médico uma injustiça, principalmente em face da gravidade dos crimes que ele cometeu.
O médico, que já teve seu registro profissional cassado pelo CRM‑PB, foi preso após ser acusado de estuprar duas crianças em seu consultório. A decisão favorável à prisão domiciliar, para muitos, foi vista como um tratamento privilegiado em comparação com o endurecimento das penas e a situação de outros réus em casos similares.
A situação de Hytalo Santos
Por outro lado, a decisão de conceder prisão domiciliar a Fernando Cunha Lima reacendeu a discussão sobre a situação de Hytalo Santos. O influencer, que está preso desde 15 de agosto de 2025, tem sido acusado de tráfico de pessoas, exploração sexual de adolescentes e produção de conteúdo sexual envolvendo menores. Hytalo foi preso após investigações da Polícia Federal, que levaram à descoberta de uma rede de exploração sexual e produção de vídeos. Sua prisão foi decretada, e ele se encontra sob regime de prisão preventiva enquanto aguarda julgamento.
Para seus apoiadores, a libertação de Fernando Cunha Lima gerou uma série de questionamentos sobre as discrepâncias nas decisões judiciais. Muitos não entendem por que um homem condenado por abusos contra crianças teve a chance de sair de prisão enquanto Hytalo Santos, acusado de crimes igualmente graves, segue detido.
Repercussão do protesto e o discurso de Kamylinha
A manifestação organizada por Kamylinha teve grande repercussão, com muitos apoiadores se reunindo em frente à penitenciária e usando as redes sociais para expressar suas opiniões. Durante o evento, Kamylinha fez questão de reafirmar a mensagem de que a justiça é desproporcional. Em um dos discursos, ela usou o protesto para criticar a decisão judicial, chamando a atenção para o fato de que muitas vezes as vítimas ficam esquecidas, enquanto os réus encontram caminhos para benefícios judiciais.
“Nós estamos aqui hoje para mostrar que não vamos ficar calados. Se a justiça foi feita para um, tem que ser para todos. Não podemos aceitar que crimes como os de Fernando Cunha Lima sejam tratados de forma tão diferente. O que estamos vendo é um claro exemplo de desigualdade na aplicação da justiça.” — afirmou Kamylinha durante o protesto.
