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Um flanelinha foi morto a tiros por um policial militar de folga na madrugada deste domingo, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O caso, que ocorreu perto do Madureira Shopping, ganhou grande repercussão nas redes sociais após a divulgação de vídeos que mostram toda a sequência da discussão até os disparos.
Discussão por vaga
Segundo as primeiras informações, o flanelinha — identificado como Márcio Adriano de Andrade Santos, de 45 anos — discutiu com um policial militar à paisana por causa de uma vaga de estacionamento. A região estava cheia devido às comemorações pela vitória do Flamengo na Libertadores.
Testemunhas relataram que o guardador de carros passou a provocar o policial e, em determinado momento, sacou um simulacro de arma de fogo, apontando na direção do PM.
Vídeos gravados por pessoas que estavam no local mostram o flanelinha caminhando pela rua com o objeto na mão durante a discussão. Em um dos registros, ele ergue o simulacro, fazendo um movimento semelhante ao de quem empunha uma arma real.
Diante disso, o policial de folga recua alguns passos, saca sua arma e dispara diversas vezes — relatos indicam ao menos cinco tiros. O flanelinha cai imediatamente e não se levanta mais.
Outro ângulo mostra o momento em que o policial permanece com a arma apontada enquanto tenta se afastar, enquanto o flanelinha avança com o simulacro na mão.
Versão do policial e apreensão do simulacro
O PM afirmou que agiu em legítima defesa, acreditando que estivesse diante de uma arma verdadeira. Após o ocorrido, ele permaneceu no local e acionou as autoridades. O simulacro utilizado pelo flanelinha foi apreendido pela Polícia Civil, que confirmou que se tratava de uma arma falsa muito semelhante a um revólver original. Equipes de socorro chegaram a ser acionadas, mas o homem já estava em óbito no momento do atendimento.
Identificação da vítima e investigação
Márcio Adriano era conhecido na região por trabalhar como guardador de carros. A investigação agora está sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que deve analisar:
- imagens completas das câmeras de segurança;
- depoimentos de testemunhas;
- laudo do simulacro e da arma do policial;
- a distância e a dinâmica no momento dos disparos;
- se houve excesso ou se a conduta foi compatível com legítima defesa.
A Polícia Civil também deve verificar se o flanelinha tinha antecedentes ou histórico de confrontos na região, o que pode ajudar na reconstrução da dinâmica.
