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O mercado de trabalho brasileiro alcançou um marco importante com a taxa de desemprego registrada em 5,4% no trimestre encerrado em outubro de 2025, o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), realizada pelo IBGE.

Dados principais da pesquisa

  • A taxa de desemprego, que foi de 6,2% no mesmo período de 2024, registrou uma queda de 0,7 ponto percentual. Comparada ao trimestre anterior, quando foi de 5,6%, houve uma redução de 0,2 ponto percentual.

  • O número absoluto de pessoas desocupadas caiu para aproximadamente 5,9 milhões, o menor número desde 2012. A população ocupada manteve-se em alta, com 102,6 milhões de pessoas empregadas, também um recorde histórico.

  • A formalização do trabalho aumentou, com o número de trabalhadores com carteira assinada atingindo novos patamares. Isso reflete uma tendência positiva para a regularização do mercado de trabalho.

Renda e subutilização

  • O rendimento médio real habitual dos trabalhadores aumentou para R$ 3.528, o que representa um crescimento no poder de compra da população empregada. A massa de rendimentos totalizou R$ 357,3 bilhões.

  • A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui não só os desempregados, mas também os trabalhadores subocupados ou que desistiram de procurar trabalho, caiu para 13,9%, o menor nível já registrado.

Setores que impulsionaram o emprego

  • A geração de emprego foi impulsionada principalmente pelos setores de construção, agricultura, e serviços como saúde, educação e administração pública, que também apresentaram crescimento significativo.

  • Apesar disso, setores como serviços domésticos e algumas áreas do comércio ainda enfrentam dificuldades para registrar crescimento contínuo, o que reflete as desigualdades regionais e setoriais no país.

Desafios e perspectivas

  • Embora a queda no desemprego seja uma boa notícia para o Brasil, a taxa de informalidade ainda permanece elevada, representando cerca de 37,8% da população ocupada. Além disso, a subutilização da força de trabalho permanece em níveis elevados, o que indica que, apesar da melhora no mercado de trabalho, há muito a ser feito para garantir condições de trabalho melhores e mais dignas para todos os brasileiros.

  • A recuperação do mercado de trabalho também pode ser influenciada por fatores sazonais, como o aumento das contratações temporárias no final do ano, especialmente no comércio e serviços.

O impacto na economia

A queda na taxa de desemprego é vista como um reflexo positivo da recuperação econômica do país, que pode gerar maior consumo e impulsionar o crescimento em diversos setores. A melhora na formalização do trabalho e o aumento dos rendimentos reais são sinais de que a economia está ganhando força, embora ainda haja desafios estruturais a serem enfrentados.

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