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A 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) decidiu, de forma unânime, manter a prisão preventiva do influenciador Bruno Alexssander Souza Silva, conhecido como Buzeira, e rejeitou o habeas corpus que pedia sua liberdade.
A decisão foi tomada na segunda-feira (17/11), com o entendimento de que a defesa “não comprovou, de forma suficiente, as ilegalidades alegadas”. Assim, o influenciador seguirá preso enquanto as investigações continuam.
Segundo a relatora do caso, juíza federal Raecler Baldresca, a prisão está justificada para garantir a ordem pública, diante da gravidade das suspeitas e do risco de reiteração delitiva. O tribunal também ressaltou que Buzeira responde a outros processos, incluindo acusações de tráfico, lavagem de dinheiro e envolvimento com jogos de azar — fatores que pesaram na decisão.
Buzeira foi preso em 14 de outubro, durante a Operação Narco Vela/Narco Bet, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico internacional de drogas. As apurações apontam para o uso de casas de apostas, empresas de fachada e movimentações por meio de criptomoedas, com suspeita de valores que podem chegar à casa das centenas de milhões de reais. A investigação conta com cooperação internacional e relatórios de inteligência financeira.
O que diz a defesa
Em nota enviada à coluna após a decisão, os advogados de Buzeira afirmaram que a prisão é “manifestamente ilegal”, representa uma afronta à Constituição Federal e vai contra a jurisprudência do STJ.
A defesa afirma que a acusação é baseada em mensagens do início de 2025, sem relação direta com risco presente à ordem pública. Na avaliação dos advogados, a prisão preventiva foi mantida de maneira “genérica e especulativa”.
Situação atual
Com mais de 15 milhões de seguidores nas redes sociais, Buzeira ficou conhecido por ostentar carros de luxo, festas e rifas on-line. Ele continua preso em São Paulo e ainda não há condenação — o processo segue em fase de investigação.
Os advogados devem apresentar novos recursos nas próximas semanas.
