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Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, foi o primeiro a depor na CPI do Crime Organizado no Senado, na manhã desta terça (18)
Andrei Augusto Passos Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, foi o primeiro a depor na CPI do Crime Organizado no Senado, na manhã desta terça (18)
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Enquanto a Operação Compliance Zero ainda estava em andamento, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos, confirmou à CPI do Crime Organizado, nesta terça-feira (18/11), que o esquema investigado pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões em fraudes.

A informação foi dada durante o depoimento oficial dele à CPI, no mesmo dia da deflagração da operação, que cumpriu mandados em cinco estados e no Distrito Federal.

Depoimento em meio à operação

Andrei Passos compareceu à CPI enquanto agentes da PF realizavam buscas e apreensões pelo país. Aos parlamentares, ele afirmou que a estimativa de prejuízo aos cofres públicos é “extremamente grave” e que o esquema utilizava mecanismos sofisticados de lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.

Segundo o diretor-geral, a operação está focada em empresas de fachada, carteiras de crédito fraudulentas e até documentos falsificados para simular operações financeiras que nunca existiram de fato.

Fraude bilionária e ramificações

A PF estima que o esquema chegou a movimentar cerca de R$ 12 bilhões. O valor ainda pode ser revisado conforme as investigações avançam, já que os policiais ainda analisam documentos e dados apreendidos.

O esquema criminoso teria operado por meio de instituições financeiras e investidores, criando um “ambiente artificial de solidez econômica” para atrair dinheiro e manter o fluxo ilegal de recursos.

Mandados pelo Brasil

A Operação Compliance Zero teve ações simultâneas no:

  • Distrito Federal
  • São Paulo
  • Rio de Janeiro
  • Santa Catarina
  • Paraná
  • Minas Gerais

Foram cumpridos mandados de busca, apreensão e prisão, além de bloqueio de bens e valores ligados aos suspeitos.

Próximos passos

A CPI deve solicitar novos depoimentos e possivelmente convocar executivos ligados ao sistema financeiro investigado. A Polícia Federal também deve apresentar um relatório parcial nos próximos dias.

Segundo Andrei Passos, o objetivo principal é identificar todos os beneficiários da fraude e esclarecer se houve participação de agentes públicos.

Destaques ISN

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