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Um mergulho quase terminou em tragédia na tarde deste domingo (16) na região da Caixa D’Aço, em Porto Belo, no Litoral Norte de Santa Catarina. Uma mulher de 36 anos teve o cabelo sugado pela turbina de um jet ski e sofreu um rasgo de aproximadamente 18 centímetros no couro cabeludo.

Como aconteceu o acidente

Segundo os bombeiros, a vítima mergulhou nas proximidades das lanchas quando foi surpreendida pela força da turbina de um jet ski que passava pelo local. Ao tentar retornar à superfície, ela sentiu o cabelo ser puxado com violência para dentro do motor.

O condutor do jet ski percebeu a situação imediatamente, desligou o equipamento e contou com ajuda de banhistas para virar a moto aquática. Para conseguir libertar a mulher, o grupo precisou cortar parte do cabelo preso na turbina.

A vítima foi retirada da água consciente e sem sangramento ativo, apesar do rasgo profundo na cabeça. Depois de receber atendimento no local, ela foi encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porto Belo.

Vídeos gravados por pessoas que estavam na Caixa D’Aço mostram o momento da chegada dos socorristas e a movimentação das embarcações em torno do resgate.

Riscos desse tipo de acidente — e como evitar

A turbina do jet ski cria um fluxo de sucção muito forte, capaz de puxar cabelos, roupas e objetos próximos. Em locais com grande circulação de motos aquáticas, o risco aumenta.

Por que isso acontece

  • A traseira do jet ski funciona como um “aspirador” quando a turbina está em funcionamento.
  • Cabelos compridos, soltos ou próximos demais podem ser puxados para dentro do sistema.
  • Em áreas com muita movimentação, banhistas podem não perceber a aproximação do veículo.

Como evitar acidentes parecidos

  • Manter distância da parte traseira de qualquer jet ski, mesmo desligado.
  • Evitar mergulhar em áreas onde jets e lanchas fazem manobras.
  • Prender cabelos longos em coques ou tranças.
  • Operadores devem navegar devagar em áreas com muitos banhistas.
  • Sempre olhar ao redor antes de entrar ou emergir na água.

Bombeiros reforçam que a zona traseira de um jet ski é uma das áreas mais perigosas para quem está nadando.

Caixa D’Aço: o point que reúne lanchas, jets e festas no mar

A Caixa D’Aço, um dos pontos mais disputados do Litoral Norte catarinense, reúne lanchas ancoradas lado a lado, jet skis circulando o tempo todo, festas, boias gigantes e banhistas nadando entre as embarcações — um cenário animado, mas que aumenta o risco de acidentes pelo pouco espaço disponível, motivo pelo qual a área recebe fiscalização constante da Marinha e dos Bombeiros durante o verão.

Frequentadores reclamam da confusão e da insegurança

A situação no Caixa D’Aço, que já foi considerado um dos points mais famosos e procurados do Litoral Norte catarinense, vem gerando cada vez mais preocupação entre moradores e visitantes. Relatos apontam para um ambiente desorganizado, com jetskis circulando em alta velocidade perto da areia, barcos ancorando sem distância segura e pessoas sem habilitação conduzindo embarcações.

Frequentadores também citam episódios de adolescentes pilotando jetskis, consumo de bebidas alcoólicas por condutores e até uso de drogas entre embarcações. Para muitos, a combinação de música alta, aglomeração de lanchas, grande fluxo de motos aquáticas e banhistas nadando ao redor transformou o local em um espaço onde o risco é constante — e onde falta fiscalização efetiva durante os períodos de maior movimento.

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