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Se não bastassem os absurdos que já vemos dentro de campo, o futebol brasileiro conseguiu entregar mais uma situação difícil de engolir. O atacante Bruno Henrique, indiciado por fraude esportiva por forçar um cartão amarelo em 2023, acabou trocando uma suspensão de 12 jogos por uma simples multa de R$ 100 mil.
A decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) se apoiou em dois pontos. A defesa alegou que o cartão não prejudicou o Flamengo, e a maioria dos auditores entendeu que o caso não se encaixa nas punições mais duras — aquelas que poderiam até aumentar o tempo de suspensão do jogador.
O processo envolvendo Bruno Henrique se arrastou por muito tempo e, claro, ganhou enorme repercussão nacional. Afinal, trata-se do Flamengo, dono da maior torcida do país. Com isso, a expectativa por uma decisão também cresceu, uma vez que outros jogadores já receberam suspensões pesadas e até banimentos.
O resultado, que beneficiou o jogador e, naturalmente, o clube, causou estranheza em quem acompanha de perto o futebol brasileiro. No fim das contas, parece que uma boa defesa consegue aliviar até aquilo que muita gente já considerava um absurdo.
E o maior problema nem é a falta de punição ao Bruno Henrique em si, pois se ele conseguiu escapar da suspensão, o que impede que outros jogadores façam o mesmo no futuro? É mais um episódio lamentável no nosso futebol, que insiste em transformar erros graves em situações contornáveis.
