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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (10) a suspensão imediata...
Créditos: Rosinei Coutinho/STF
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (10) a suspensão imediata da investigação contra pessoas que removeram corpos da área de mata nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, após a megaoperação policial que resultou em dezenas de mortes.

A decisão ordena que o delegado titular da 22ª Delegacia de Polícia do Rio, onde a apuração tramita, preste esclarecimentos em até 48 horas sobre o motivo da investigação. A Polícia Civil havia aberto inquérito por “fraude processual”, sob a alegação de que civis teriam alterado a cena do crime ao transportar mais de 60 corpos durante a madrugada posterior à ação.

Segundo a corporação, a investigação não tem como alvo familiares das vítimas, mas supostos membros da facção criminosa que teriam atuado para esconder a relação dos mortos com a organização. Ainda assim, denúncias ouvidas por Moraes em audiência com organizações da sociedade civil apontam que familiares foram forçados a prestar depoimento antes mesmo de reconhecerem os corpos.

Na mesma decisão, Moraes determinou a preservação de todas as imagens das câmeras corporais dos policiais civis e militares envolvidos, bem como o envio ao STF de cópias dos laudos das vítimas, incluindo registros fotográficos e exames balísticos.

A Polícia Civil afirmou, em nota, que cumprirá a determinação e reforçou que a apuração visa esclarecer uma possível tentativa de ocultação de vínculos entre mortos e o crime organizado.

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