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O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro sedia nesta terça-feira (4) duas cúpulas internacionais que marcam o segundo dia do Fórum de Líderes Locais da COP30: a Cúpula Mundial de Prefeitos da C40 e a Cúpula Global de Estados e Regiões. O evento reúne centenas de autoridades locais de diversos países para debater soluções climáticas com foco em energia, transporte, indústria, natureza e financiamento.
A programação inclui ainda o painel America Is All In Solutions Exchange, que apresenta iniciativas subnacionais dos Estados Unidos e promove parcerias com lideranças brasileiras. O objetivo é demonstrar como ações locais podem acelerar a redução de emissões e fortalecer a resiliência diante dos eventos extremos provocados pelas mudanças climáticas.
O encontro faz parte da preparação para a COP30, marcada para 2025, em Belém (PA), e celebra os 10 anos do Acordo de Paris e os 20 anos da rede C40, reforçando o protagonismo das cidades na agenda climática global.
Cidades brasileiras entre finalistas de prêmio internacional
Durante o Fórum, será anunciado o resultado de um prêmio internacional que reconhece iniciativas urbanas baseadas em ciência e planejamento para enfrentar a crise climática. Entre as 26 cidades concorrentes estão Rio de Janeiro, São Paulo, Paris e Joanesburgo.
A capital fluminense se destaca com a criação de uma escala de calor no Centro de Operações da Prefeitura, que varia de 1 a 5 e serve como base para alertas e respostas rápidas à população durante ondas de calor extremo. O sistema permite ações preventivas, como abertura de pontos de hidratação e reforço na assistência social.
Já São Paulo concorre com a maior frota sustentável do Brasil: mil ônibus elétricos que substituem veículos a diesel, evitando a emissão de 87 toneladas de gás carbônico por ano, por ônibus.
Outros exemplos internacionais incluem Joanesburgo, que propõe um projeto de energia solar para comunidades vulneráveis em meio à crise energética sul-africana, e Paris, que aposta na restrição ao uso de carros e no fortalecimento do transporte público para reduzir emissões e impulsionar a economia urbana.
Investimento federal e apoio a projetos locais
O Ministério do Meio Ambiente também participa do Fórum e anunciou a liberação de R$ 3,5 bilhões em 2025 para projetos municipais voltados à economia de baixo carbono. Outros R$ 7 bilhões já estão garantidos para 2026. Segundo o secretário nacional Adalberto Maluf, mais de 300 projetos de cidades brasileiras estão prontos para implementação, com foco em adaptação, resiliência e governança climática.
