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Uma audiência pública realizada na sexta-feira (31), em Guarujá (SP), reuniu autoridades, moradores e lideranças comunitárias para discutir os impactos sociais da futura obra do túnel submerso que ligará Santos e Guarujá. O projeto, estimado em R$ 6,8 bilhões, ainda está em fase pré-contratual, e moradores das comunidades da Prainha e Marezinha temem desapropriações e deslocamentos forçados.
O deputado federal Paulo Alexandre Barbosa (PSDB-SP), presidente da comissão externa da Câmara que acompanha o projeto, reforçou o compromisso com a população e assegurou que nenhum passo será dado sem diálogo. “Nenhum alfinete, nenhum prego será colocado nessa obra sem a participação da sociedade da Baixada Santista e autorização das prefeituras”, afirmou.
Barbosa também explicou que o contrato com a empresa vencedora do leilão ainda não foi assinado e que, após a assinatura, a concessionária poderá sugerir alterações no traçado e definir os locais dos canteiros de obras. “Esse processo será longo. Precisamos lidar com a verdade e garantir que a obra melhore a vida das pessoas, não o contrário”, destacou.
Durante a audiência, um comitê formado por cerca de 30 entidades locais entregou documento ao poder público, ao Ministério Público e à Presidência da República com reivindicações como: participação ativa na definição do traçado do túnel, critérios claros de indenização e garantia de reassentamento próximo com infraestrutura adequada.
O vereador Sérgio Santa Cruz (Cidadania), responsável por solicitar a audiência, avaliou que o grande comparecimento reforça a necessidade de manter o diálogo aberto entre poder público e população. A secretária municipal de Desenvolvimento Econômico declarou que a prefeitura está “de portas abertas” para apoiar as famílias afetadas.
A proposta do túnel prevê 870 metros de extensão, 21 metros de profundidade e travessia em menos de cinco minutos, com previsão de beneficiar cerca de 150 mil pessoas diariamente.
Ao final da audiência, o deputado reafirmou que “essa obra não tem partido, tem propósito: melhorar a vida das pessoas. E só será realizada se respeitar quem mais importa — os moradores.”
