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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, participou na manhã desta segunda-feira (3) de uma reunião com o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e representantes das forças de segurança do estado. O encontro aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, Centro da capital fluminense, e ocorre seis dias após a megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão, que resultou em 121 mortos, incluindo quatro policiais.
Acompanhado de Castro, Moraes chegou ao local de helicóptero. Também participaram da reunião o secretário de Segurança Pública, Victor Santos; o comandante da Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes; o delegado-geral da Polícia Civil, Felipe Curi; e o diretor da Polícia Técnica Científica, Waldyr Ramos.
Relator da ADPF das Favelas — processo em que o STF estabeleceu regras para operações policiais em comunidades —, Moraes determinou no domingo (2) que o governo estadual preserve todos os elementos materiais da operação, incluindo perícias e cadeias de custódia, para garantir a verificação e contraprova pelo Ministério Público e pela Defensoria Pública.
A decisão atende a um pedido da Defensoria Pública da União, que alegou ter sido impedida de acompanhar exames nos corpos. O ministro reforçou que os órgãos de segurança devem evitar descarte de provas e garantir documentação rigorosa das perícias, com registros fotográficos, croquis e exames de necropsia devidamente armazenados.
Ao longo desta segunda-feira, Moraes cumpre uma série de compromissos no Rio, com reuniões previstas com representantes do Judiciário e com o prefeito Eduardo Paes (PSD), com quem deve se encontrar às 18h.
