O empate entre Botafogo e Santos, neste domingo, gerou forte reação nos bastidores. O diretor de futebol Alexandre Mattos invadiu o campo no intervalo para reclamar com o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima, chamando a arbitragem de vídeo de “catastrófica” e acusando erros seguidos contra o clube.

“Foi falta. Como que dá uma vantagem dessas? Contra o Vitória, não deram o pênalti. O VAR no Brasil é catastrófico”, disse Mattos, inconformado com o lance que originou o segundo gol do Botafogo. Ele também citou supostos prejuízos em partidas anteriores, cobrando mais critério da arbitragem.

Após a partida, o presidente Marcelo Teixeira reforçou as críticas e afirmou que o Santos vem sendo sistematicamente prejudicado. “O prejuízo é nítido. Temos situações contra o Vitória, contra o Grêmio e em outros jogos. O erro é admissível, mas não da forma como tem acontecido”, afirmou o dirigente.

Teixeira destacou que o clube busca diálogo com a CBF e quer mudanças urgentes. “Não dá para apenas esperar a profissionalização dos árbitros. O futebol precisa de critérios claros, mas o Santos não tolera mais erros graves que interferem diretamente no resultado”, declarou o presidente.

Na súmula, o árbitro relatou ter sido alvo de ofensas e ameaças por parte dos dirigentes. Segundo Rodrigo José Pereira de Lima, Mattos o segurou pela camisa e o chamou de “safado”, sendo contido por policiais. Teixeira e o gerente de futebol Gustavo Ferreira também teriam o insultado na zona mista.

“Gustavo Ferreira disse: ‘seu ladrão, vai tomar no c… vocês não apitam mais no Santos’. Já Marcelo Teixeira afirmou: ‘safado, você nos prejudicou’”, escreveu o árbitro, que ainda relatou nova abordagem de Mattos no retorno ao gramado. O caso deve ser analisado pelo STJD nos próximos dias.