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O governo dos Estados Unidos sancionou, nesta sexta-feira (24/10), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sob a acusação...
Créditos: Reuters/Luisa Gonzalez
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O governo dos Estados Unidos sancionou, nesta sexta-feira (24/10), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, sob a acusação de envolvimento com o narcotráfico. A medida, anunciada pelo Departamento do Tesouro, também atinge a primeira-dama Verónica Alcocer, o filho do presidente, Nicolás Petro, e o ministro do Interior, Armando Benedetti.

A sanção inclui o bloqueio de bens nos EUA e a proibição de qualquer transação comercial ou financeira com cidadãos norte-americanos. Os nomes foram inseridos na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDNs) do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC), agência responsável por aplicar sanções econômicas com base na política externa dos EUA.

O Departamento do Tesouro justificou a decisão com base na Ordem Executiva 14059, alegando que Petro teria permitido a expansão dos cartéis de drogas na Colômbia e concedido benefícios a organizações narcoterroristas. Segundo o órgão, essas ações resultaram em recordes de cultivo de coca e produção de cocaína desde o início de seu governo, em 2022.

Em resposta, Gustavo Petro negou as acusações, declarou que combate o narcotráfico há décadas e criticou duramente o governo norte-americano. “Nem um passo atrás, e jamais de joelhos”, disse ele, em publicação na rede X. Ele também afirmou que seu advogado será Dany Kovalik, defensor de direitos humanos nos Estados Unidos.

As tensões entre os dois países escalaram após declarações públicas de Petro condenando ações militares americanas no Caribe e no Oceano Pacífico, que, segundo ele, incluem “execuções extrajudiciais”. Trump, por sua vez, chamou Petro de “líder narcotraficante”.

Petro classificou as sanções como uma retaliação política e lembrou que seu país tem sido aliado histórico dos EUA no combate ao narcotráfico. Ele também denunciou a morte de um pescador colombiano em um dos ataques dos EUA a embarcações suspeitas, alegando violação do direito internacional.

A Colômbia já havia sido retirada este ano da lista de países aliados dos EUA na luta contra o narcotráfico. Com a sanção, o país enfrenta um dos momentos mais tensos na relação bilateral com Washington dos últimos anos.

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