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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quinta-feira (23/10) uma mudança estratégica no alto escalão do governo...
Créditos: Aaron Schwartz/Bloomberg/Getty Images
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O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quinta-feira (23/10) uma mudança estratégica no alto escalão do governo: Pablo Quirno, atual secretário da Fazenda e braço-direito do ministro da Economia, Luis Caputo, será o novo ministro das Relações Exteriores. A nomeação ocorre a apenas três dias das eleições legislativas no país.

Quirno assume o lugar de Gerardo Werthein, que apresentou sua renúncia na quarta-feira (22/10). A saída do ex-chanceler já era especulada nos bastidores, em meio às tensões internas do governo Milei. A Casa Rosada, porém, confirmou a mudança com tom de elogio, classificando Quirno como “peça fundamental na construção do milagre argentino” e “membro-chave da equipe econômica que evitou a maior crise da história do país”.

A decisão também sinaliza uma integração mais direta entre as áreas econômica e diplomática da administração Milei, com foco na abertura comercial e na aproximação com os Estados Unidos e demais aliados ocidentais.

Pablo Quirno

Economista formado pela Universidade da Pensilvânia, Quirno tem vasta experiência no setor financeiro internacional. Foi diretor do banco JP Morgan em Nova York e atuou no comitê da instituição para a América Latina. No governo argentino, destacou-se por intermediar negociações com os EUA que garantiram um pacote de US$ 20 bilhões em apoio financeiro, sob liderança do Departamento do Tesouro americano.

“É uma honra assumir esta nova responsabilidade. Muito obrigado ao presidente Milei pela confiança e ao ministro Luis Caputo por tantos desafios compartilhados”, escreveu Quirno nas redes sociais, minutos após o anúncio.

Embora a troca de comando nas Relações Exteriores tenha sido descrita como uma renovação de ciclo, fontes ouvidas pelo jornal Clarín relataram incômodo com a saída repentina de Werthein, que contrariou o plano inicial de manter estabilidade no gabinete até o fim das eleições de domingo (26/10).

A gestão do novo chanceler será voltada para “a reinserção da República Argentina no Ocidente” e a defesa da agenda liberal do presidente Milei, segundo nota oficial.

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