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Na última segunda-feira (20), o cantor MC Poze do Rodo compareceu à oitava reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Câmeras da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Convocado para esclarecer a rápida recuperação de sua Land Rover Defender blindada, avaliada em cerca de R$ 1 milhão, o artista enfrentou questionamentos sobre a devolução do veículo, que ocorreu poucas horas após o roubo no Recreio dos Bandeirantes, em setembro deste ano.

Durante o depoimento, MC Poze afirmou que sua fama e visibilidade nas redes sociais foram determinantes para a devolução do carro: “Meu carro apareceu porque eu sou o Poze do Rodo. Eu me acho uma pessoa f*da, fenomenal”, declarou. Ele destacou que sua Land Rover é personalizada, com interior e exterior vermelhos e seu nome gravado nos bancos, tornando o veículo facilmente identificável. Poze acredita que, após a repercussão nas redes sociais, quem roubou o carro não quis mantê-lo devido à exposição.

O cantor também rebateu críticas feitas pelo deputado Alexandre Knoploch (PL), presidente da CPI, que o havia chamado de “marginal” em suas redes sociais. Poze afirmou que não vê necessidade de dialogar com alguém que o rotula dessa forma: “Você sabe da minha profissão real, sabe que fui preso e me soltaram porque não conseguiram provar nada. Eu sou artista, pai de cinco filhos”, afirmou.

Em resposta, o deputado Knoploch reafirmou sua posição, justificando o uso do termo “marginal” com base nas letras das músicas de MC Poze, que, segundo ele, fazem apologia ao crime: “Vivemos numa sociedade democrática, tem gente que gosta de funk, outras que gostam de gospel, mas eu acho que o que o senhor canta incentiva o crime”, disse o parlamentar.

A CPI das Câmeras: Investigando Esquemas de Proteção Veicular

A CPI das Câmeras foi criada para investigar o uso de sistemas de monitoramento em espaços públicos e cooperativas de proteção veicular no estado do Rio de Janeiro. Durante as investigações, foram identificadas 449 cooperativas e seguradoras atuando sem regulamentação no estado.

O deputado Alexandre Knoploch afirmou que essas associações utilizam “laranjas” para ocultar movimentações financeiras e conferir aparência de legalidade a esquemas de recuperação de veículos roubados. Ele também destacou que algumas empresas pagam resgates a criminosos para ter os carros de clientes devolvidos rapidamente, configurando crime organizado.

Próximos Passos da CPI

A comissão pretende aprofundar as investigações sobre as associações de proteção veicular, quebrando sigilos bancários de envolvidos e ouvindo presos apontados como líderes de roubos de carros no estado. O objetivo é identificar todos os envolvidos em cada caso e incluí-los no relatório final.

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