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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (16) que o clima entre Brasil e Estados Unidos “mudou”...
Créditos: Ton Molina/Fotoarena/Estadão conteúdo e Mark Schiefelbein/AP
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (16) que o clima entre Brasil e Estados Unidos “mudou” e que há sinais de reaproximação entre os dois governos. Segundo ele, a nova fase das relações bilaterais pode ajudar a destravar impasses econômicos, como a sobretaxa de 40% imposta aos produtos brasileiros desde agosto.

Haddad contou que se reuniu com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para discutir os preparativos do encontro previsto entre os dois países. “Ele me pareceu bastante confiante no clima que se restabeleceu entre os dois governos. O clima mudou. Não sei o caminho que temos pela frente ainda, mas acredito que a gente abriu uma avenida para estabelecer relações cordiais, isolando essa questão política da questão econômica”, afirmou.

De acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o governo brasileiro já solicitou formalmente ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a suspensão da tarifa ainda durante as negociações.

No campo interno, Haddad também comentou a derrota da medida provisória que previa o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para ampliar a arrecadação federal. O texto foi rejeitado pela Câmara dos Deputados, e o ministro disse que ainda não discutiu alternativas diretamente com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Haddad, a equipe econômica trabalha com diferentes cenários para compensar os R$ 17 bilhões que seriam arrecadados com a MP em 2026. Caso a medida não seja substituída, o governo precisará ajustar o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para manter a meta de superávit primário de 0,25% do PIB no próximo ano.

“O Orçamento de 2026 pode ser alterado ou preservado, dependendo da decisão do presidente”, afirmou o ministro, indicando que o Palácio do Planalto ainda avalia as alternativas fiscais.

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