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O União Brasil instaurou na última terça-feira (30) um processo disciplinar que pode resultar na expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino. A medida foi tomada após o ministro desrespeitar a orientação da sigla para deixar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), conforme determinação da direção nacional do partido.
Em setembro, o União Brasil deu um ultimato para que seus filiados deixassem os cargos no Executivo federal até o dia 19. O descumprimento foi classificado como infidelidade partidária, passível de sanção máxima segundo as regras internas. Sabino, no entanto, ignorou o prazo e permaneceu no cargo, apesar de ter anunciado publicamente que entregaria o posto.
O ministro alegou que permaneceria por mais alguns dias no governo para acompanhar o presidente Lula em compromissos ligados à COP30, em Belém (PA), mas mesmo após os eventos, segue à frente da pasta do Turismo.
Na segunda-feira (29), uma denúncia contra a conduta de Sabino foi formalmente apresentada à direção do União Brasil. O processo disciplinar foi aberto no dia seguinte, com relatoria do deputado Fabio Schiochet (União-SC), presidente do Conselho de Ética da Câmara. O ministro tem até a próxima segunda-feira (6) para apresentar sua defesa.
Conforme o estatuto do partido, Schiochet deverá emitir um parecer recomendando a expulsão ou a absolvição de Sabino. A expectativa é que o relator se posicione pela expulsão. Para que a medida seja validada, é necessário o apoio de pelo menos três quintos da direção nacional da legenda.