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O shutdown iniciado nesta quarta-feira (1º) nos Estados Unidos, durante o governo Donald Trump, já paralisa parte dos serviços federais e traz projeções preocupantes para a economia. Segundo a Casa Branca, a cada semana de paralisação o impacto pode chegar a US$ 15 bilhões no PIB trimestral anualizado, com redução estimada em 0,2% — número próximo ao calculado pelo Federal Reserve.
O Goldman Sachs projeta que um mês de shutdown levaria à perda de 43 mil empregos, enquanto os gastos dos consumidores poderiam cair US$ 30 bilhões no período. Mais de 1,9 milhão de servidores federais correm risco de dispensas temporárias ou de trabalhar sem remuneração.
Programas sociais também sofrem com a falta de orçamento. O WIC, de assistência alimentar para mulheres e crianças, pode deixar cerca de 7 milhões de beneficiários desamparados já em outubro.
O setor privado sente reflexos diretos: em paralisações anteriores, US$ 2 bilhões em empréstimos foram atrasados, prejudicando principalmente pequenos negócios. Exportações também podem ser comprometidas, já que licenças e certificações deixam de ser emitidas. Em 2013, por exemplo, mais de 2 milhões de litros de bebidas alcoólicas para exportação ficaram sem certificação.
Parques nacionais e comunidades locais também enfrentam prejuízos. A Associação de Conservação de Parques Nacionais estima perda de US$ 1 milhão por dia na receita dos parques e até US$ 80 milhões diários em impacto para regiões vizinhas.
Com cerca de US$ 15 bilhões semanais em contratos federais — sendo US$ 3 bilhões para pequenos negócios —, a falta de repasses pode levar empresas a reduzir pessoal e atrasar projetos, ampliando os efeitos da crise.