O Hamas divulgou nesta sexta-feira (3) uma carta em que declara aceitar o plano do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a troca de prisioneiros com Israel. No comunicado, o grupo extremista afirmou “apreciar os esforços” de Trump e de outras lideranças internacionais, e se disse disposto a libertar todos os israelenses em cativeiro, incluindo os corpos dos mortos, conforme a proposta apresentada pela Casa Branca.

“O movimento anuncia seu acordo para libertar todos os prisioneiros israelenses, vivos e mortos, de acordo com a fórmula de troca contida na proposta do presidente Trump, desde que as condições de campo para a troca sejam atendidas”, afirma o texto.

Além do compromisso em relação aos prisioneiros, o Hamas declarou apoiar a ideia de transferir a administração da Faixa de Gaza para um corpo palestino formado por tecnocratas independentes, com base em consenso interno e apoio árabe e islâmico.

O grupo também reivindicou participação nas discussões sobre o futuro da região. “As leis e resoluções devem ser discutidas dentro de uma estrutura nacional palestina abrangente. O Hamas fará parte dela e contribuirá com total responsabilidade”, diz o comunicado.

A carta representa o primeiro sinal público de aceitação do plano de Trump, que havia dado ao grupo até domingo (5) para decidir se acataria ou não sua proposta de paz para Gaza. Israel já declarou apoio ao projeto.