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Casos recentes de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol têm causado dezenas de mortes fora do Brasil, acendendo um alerta internacional sobre os riscos do consumo de produtos alcoólicos sem procedência legal.
Barranquilla – COL
Na Colômbia, neste mês de setembro, pelo menos nove pessoas morreram em Barranquilla após ingerirem álcool contaminado. A tragédia, que continua em evolução, teve novos desdobramentos nesta semana com a descoberta de mais dois corpos nos bairros de San Roque e Rebolo, no sudeste da cidade. Ao todo, 15 pessoas foram afetadas: quatro permanecem em estado grave na UTI e outras duas seguem em observação médica.
O toxicologista Agustín Guerrero, do Hospital Nuevo de Barranquilla, explicou ao portal vanguardia que o metanol pode causar fechamento das vias aéreas e falência múltipla dos órgãos. A bebida era vendida em garrafas plásticas de 600 mililitros por preços baixos, geralmente para moradores de rua e vendedores ambulantes. Segundo a polícia, o próprio distribuidor da substância foi a primeira vítima fatal. No local de venda, foram encontrados galões e embalagens em condições insalubres.
São Petesburgo – RUS
Na Rússia, um caso de maior escala deixou ao menos 25 mortos na região de São Petersburgo. Oito das vítimas tiveram a causa da morte confirmada como intoxicação por metanol, segundo exames forenses. Uma pessoa ainda está internada em estado grave.
As bebidas foram produzidas de forma clandestina por vendedores não autorizados, conforme informou a promotoria do distrito de Slantsy. Entre os detidos estão uma professora de 60 anos e um homem de 78, suspeitos de fabricar e distribuir o álcool falsificado. Outros 12 envolvidos foram presos, e as autoridades apreenderam mais de 1.300 litros de bebida adulterada. Três processos criminais foram abertos para apurar as responsabilidades.