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Governo Trump pode anunciar medidas adicionais contra o Brasil após críticas ao STF
Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio / JULIEN DE ROSA/Pool via REUTERS
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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo Trump poderá anunciar medidas adicionais contra o Brasil em resposta ao julgamento e à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista à emissora Fox News, Rubio disse que vê um “rompimento do estado de direito” no país e criticou duramente a atuação da Justiça brasileira, mencionando a conduta de um ministro específico — sem citar diretamente o nome de Alexandre de Moraes.

“Você tem esses juízes ativistas – um em particular – que não apenas foi atrás do Bolsonaro. Aliás, ele tentou exercer reivindicações extraterritoriais até mesmo contra cidadãos americanos ou contra alguém que posta online a partir dos Estados Unidos, e na verdade ameaçou ir ainda mais longe nesse aspecto”, declarou o diplomata.

Segundo Rubio, Washington avalia quais passos adicionais poderá tomar em relação ao Brasil e deve anunciar medidas “na próxima semana ou mais”.

Críticas ao julgamento de Bolsonaro

Rubio afirmou que a condenação do ex-presidente brasileiro “é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial” e acusou o STF de perseguir adversários políticos. Ele também afirmou que decisões da Corte têm atingido “empresas americanas e até pessoas que operam a partir dos Estados Unidos”.

As declarações foram dadas durante a visita oficial do secretário de Estado a Israel, e reforçam a postura crítica da administração Trump em relação ao governo brasileiro após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros crimes relacionados aos atos de 2022.

Contexto

As falas de Rubio aumentam a tensão diplomática entre os dois países em um momento de sensibilidade política no Brasil, em meio à pressão da oposição por um projeto de anistia que possa beneficiar Bolsonaro e os demais envolvidos no 8 de Janeiro.

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