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O presidente da França, Emmanuel Macron, nomeou o conservador Sébastien Lecornu como novo primeiro-ministro na terça-feira (9). Ele substitui François Bayrou, que renunciou após perder um voto de confiança no Parlamento na segunda-feira (8). Lecornu é o quinto premiê francês em apenas dois anos e assume em meio a uma onda de protestos contra o governo.
Antes da nomeação, Lecornu ocupava o cargo de ministro da Defesa, função que desempenhava desde maio de 2022. Aos 39 anos, ele tem uma longa trajetória na política francesa, marcada por diferentes funções em ministérios e cargos eletivos.
Formado em Direito pela Universidade Panthéon-Assas, em Paris, Lecornu iniciou sua carreira como assessor do ministro para Assuntos Europeus e, posteriormente, do então ministro da Agricultura, Bruno Le Maire. Em 2014, foi eleito prefeito de Vernont, no norte da França, e, no ano seguinte, presidente do Conselho Departamental de Eure, cargo para o qual foi reeleito em 2020 e 2021.
Em 2017, entrou no governo de Édouard Philippe como ministro adjunto da Transição Ecológica e da Solidariedade. Depois, assumiu como ministro delegado responsável pelas Comunidades Territoriais. Em julho de 2020, no governo de Jean Castex, tornou-se ministro dos Territórios Ultramarinos, onde supervisionou a crise sanitária da pandemia nos 12 territórios ultramarinos franceses.
Ao longo da carreira, Lecornu recebeu diversas condecorações, incluindo medalhas militares e de defesa nacional, além do título de cavaleiro.
Agora, à frente do governo, o novo premiê enfrenta um cenário delicado. Desde sua nomeação, milhares de manifestantes foram às ruas em protestos contra Emmanuel Macron, exigindo mais investimentos em saúde e educação e criticando os cortes orçamentários planejados. O movimento “Bloqueie Tudo”, organizado pelas redes sociais, já bloqueou estradas, queimou ônibus e gerou confrontos com a polícia em várias cidades.