O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta semana a favor da manutenção dos benefícios concedidos ao tenente-coronel Mauro César Cid no âmbito de sua delação premiada. Segundo Fux, a colaboração foi feita de forma espontânea, com acompanhamento jurídico e dentro da legalidade.

“O réu foi chamado para fatos novos, que a própria polícia noticiava a ele. Cheguei à conclusão de que realmente é anônimo”, afirmou o ministro, reforçando que Cid não inventou informações, mas relatou acontecimentos que já vinham sendo investigados pelas autoridades.

Luiz Fux também destacou que o colaborador confessou crimes durante os depoimentos e que sempre esteve acompanhado de advogado. “O colaborador se auto-incriminou. Me parece desproporcional a anulação, a incindibilidade dessa delação”, disse o ministro, que acompanhou o voto do relator e o parecer favorável do Ministério Público.

Com o voto, Fux defendeu a manutenção dos termos do acordo firmado entre Cid e a Procuradoria-Geral da República (PGR), incluindo os benefícios previstos para o colaborador.